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Primeiros licenciados em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros do país são graduados pela UFMA

Publicado em: 10/06/2019

SÃO LUÍS – Quatro anos depois, doze estudantes da Universidade Federal do Maranhão receberam um título inédito no Brasil: profissionais licenciados em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros. A cerimônia de colação de grau da primeira turma do curso ocorreu na sexta-feira, dia 7, no Centro Pedagógico Paulo Freire.

A UFMA criou a primeira Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (Liesafro) no ano de 2015 e já colhe bons frutos: o curso já foi reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) com a nota 4, o equivalente ao conceito “Muito Bom”.

Na cerimônia, os versos da música “A carne” conhecida na voz de Elza Soares, e, na solenidade, declamado pela militante negra Maria Inês Pinheiro, abriram os caminhos para a primeira turma do curso Liesafro, batizada de “Maria Firmina dos Reis”.

“Na atual conjuntura brasileira, a história recai sobre os nossos ombros com todo o peso da violência,  por isso precisamos construir um mundo negro. Não falo da negrura exclusiva da cor da pele, mas da negritude da solidariedade, da unidade entre população negra, indígena e branca na luta contra o racismo. E, sobretudo, de um mundo negro construído por aqueles que vivenciaram e vivenciam o que é sofrer racismo, violência, opressão, exploração e por isso tem o dever ontológico de não permitir que a sociedade continue perpetuando esses processos de exclusão e marginalização”, discursou o professor Rosenverck Estrela Santos, paraninfo da noite.

O Maranhão é um dos estados com a maior população negra do Brasil, e, a UFMA foi pioneira numa iniciativa que atende às demandas do estado, buscando a visibilidade e consciência da história, lutas, resistência do povo negro suscitando reflexões com a sociedade.

Emocionada pela responsabilidade de representar a turma em uma noite singular para a história do curso, a oradora Elisandra Cantanhede enfatizou que o curso é mais uma ferramenta na luta de igualdade entre os povos.

“Ao contrário do que todos possam pensar, o curso não estuda somente a literatura negra, ele é multidisciplinar, pois busca, nas diferentes culturas, a contribuição do negro e do indígena, que hoje é negada, vivendo eles à margem da sociedade. O Liesafro veio nos ajudar a lutar por nossas políticas públicas e a construir um país mais acolhedor para todos os povos”, declarou a oradora e a primeira da turma a defender o trabalho de conclusão do curso.

Já a coordenadora da Licenciatura, Kátia Régis, destacou que a formação da primeira turma do curso é “uma vitória coletiva, resultado da luta do movimento negro para que a história e a cultura africana e afro-brasileira seja ensinada, pesquisada, discutida no ambiente acadêmico para que o processo formativo seja realizado em articulação com os movimentos sociais, com as escolas de educação básica, com o poder público e com as universidades de diferentes países africanos”, disse.

Ela lembrou ainda que um dos momentos mais marcantes ao longo da trajetória do curso foi realizar o trabalho de campo em Cabo Verde, país localizado no arquipélago da África Ocidental.

Representando a reitora Nair Portela na cerimônia de colação de grau, a pró-reitora de ensino, Dourivan Câmara, comemorou a trajetória, ainda que curta, do curso que vem se destacando na Universidade e se mostrando alicerce para a construção de uma educação básica mais democrática.

“A avaliação positiva do MEC já sinaliza quanto o projeto já está aprovado pela comunidade. A UFMA foi inovadora ao apresentar um curso de graduação com essa temática sensibilizada pela especificidade do estado, que contém uma população negra expressiva em relação a outros estados brasileiros. Com esses profissionais no mercado, iniciamos um trabalho na educação básica voltado para o conhecimento da cultura negra que está na base da nossa civilização”, enfatizou.


Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Thalia França
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Maiara Pacheco
Última alteração em: 10/06/2019 15:34

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