UFMA

SÃO LUÍS – Promovendo nos dias 25 e 26 o II Seminário de Microrredes Inteligentes, o Instituto de Energia Elétrica da UFMA (IEE) já tem uma ampla área de pesquisa e extensão nesse campo, incluindo fontes de energia renováveis para regiões afastadas, como a Ilha dos Lençóis, localizada no município de Cururupu. Esse projeto entrará em discussão durante o seminário, que visa discutir o gerenciamento das microrredes, na intenção de proporcionar a troca de conhecimento entre professores, pesquisadores e alunos. 

O que são microrredes?

Para esclarecer alguns tópicos relacionados ao assunto, o professor do Departamento de Engenharia da Computação e coordenador do evento, Shigeaki Lima, exemplificou as microrredes da seguinte forma: imagina-se um poste de energia em um determinado bairro, cujo transformador deste poste transforma a corrente elétrica para o nível adequado de tensão (220 volts). A partir desse transformador, um determinado número de casas é atendido, e aí se pode dizer que é formada uma microrrede.

Porém esse conceito não se restringe apenas para a rede elétrica, mas inclui também energia renovável. “Se cada uma dessas casas tivesse geração solar com um banco de baterias ou algo do tipo, caso faltasse energia no transformador, essas casas poderiam se manter dentro dessa microrrede. É como uma distribuição de energia em um grupo pequeno”, explanou Shigeaki.

As microrredes, de acordo com o docente, fazem parte de um grupo mais amplo que são as smart grids, ou redes inteligentes, que são sistemas de distribuição que integram e possibilitam ações aos usuários conectados. “As microrredes são, na verdade, pequenos blocos que vão compor essa rede maior, que é a smart grid, e existem as microrredes isoladas,para as regiões mais afastadas, e as microrredes inteligentes para as áreas urbanas”, prosseguiu.

Energia renovável na Ilha dos Lençóis

Fundamentado em microrredes, foi inaugurado, em 2008, por meio do programa Luz Para Todos, do Ministério de Minas e Energia, o projeto Lençóis, que visava levar energia para localidades aonde a extensão do programa do Governo Federal não chegava, como a comunidade da Ilha dos Lençóis, que tinha, à época, cerca de 100 famílias.

“Nós fizemos uma proposta para a Ilha dos Lençóis, que é uma Resex com aproximadamente 500 estudantes, e o projeto foi baseado na geração distribuída, de fontes renováveis, contendo um componente solar, um eólico e um a diesel, que, nesse caso, entra nas ações de backup e manutenção, porque o sistema tem que fornecer energia para a comunidade de forma contínua, e o gerador a diesel permite o fornecimento de energia durante a manutenção”, afirmou o docente.

Sobre o evento

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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: IEE/UFMA
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 16/10/2018 15:05