Palavra do Reitor
Uma notícia excelente foi dada esta semana para todos nós que fazemos parte da Universidade Federal do Maranhão: a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou a continuidade do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) em nossa instituição para os próximos três anos. O programa, que estimula a iniciação à docência, teve seu início em 2009 e passará dos atuais 516 bolsistas (que desenvolvem suas atividades em São Luís, Codó, Bacabal, Grajaú, Imperatriz, Pinheiro e São Bernardo) para 900 em 2014, abrangendo os campi onde existem cursos de licenciatura.
O mérito do PIBID está justamente em criar oportunidades de aperfeiçoamento e de valorização da formação de professores para a educação básica da rede pública de ensino, mediante a concessão de bolsas para graduandos de diversos cursos de licenciatura inclusos em projetos de iniciação à docência, desenvolvidos pelas Instituições de Ensino Superior.
Assim, os universitários são incentivados a desenvolver atividades didático-pedagógicas, sempre sob a orientação de professores da graduação e da própria escola. Se eles ganham em experiência e aprendizado, os alunos inseridos nessas séries iniciais ganham mais ainda. Estes estudantes podem dispor de jovens talentos que, aliados ao sólido conhecimento dos professores que já atuam nas salas de aula, servirão para elevar a qualidade do ensino ao interagir com os anseios de crianças filhas de uma geração em que o conhecimento se dá de forma muito mais rápida e aliada às novas mídias.
A notícia da continuidade do PIBID para a Universidade Federal do Maranhão chega em boa hora: reportagem publicada esta semana no jornal O Globo revela que, em Alagoas, 35% das crianças com até 8 anos não estão alfabetizadas. No Pará, são 32% e, no Maranhão, esse número sobe para 34%. Ou seja, há ainda um enorme obstáculo a ser transposto para o acesso de milhares de jovens ao Ensino Superior. O próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (dados de 2010) atesta que, em nosso Estado, a taxa de Analfabetismo de crianças e adolescentes na faixa etária entre 10 e 14 anos é 4,6% e que 21,6% entre as pessoas com idade acima de 15 anos não sabem ler ou escrever.
O PIBID é uma excelente ferramenta de ensino-aprendizagem, mas além dele o Ministério da Educação (MEC) também trabalha com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), lançado no ano passado. O PNAIC foi desenvolvido para ser executado de forma conjunta pelos municípios, Distrito Federal, estados e governo federal, com o objetivo de que todas as crianças com oito anos de idade estejam alfabetizadas nas disciplinas de Português e Matemática ao término do 3º ano do Ensino Fundamental. Para que o objetivo seja alcançado, são ofertados programas de formação continuada, bolsas de estudos e cursos de aperfeiçoamento. Vale lembrar que a Universidade Federal do Maranhão é uma das parceiras desse pacto.
Pensando um degrau acima, o MEC também lançou esta semana o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, que, de acordo com dados fornecidos pela assessoria de imprensa desse ministério, prevê a participação de “495.697 professores e 7 milhões de estudantes em mais de 20 mil escolas da rede pública estadual em todo o Brasil”. A expectativa é que os estados e o Distrito Federal deverão aderir, com a participação de 40 universidades. O ministro Aloísio Mercadante declarou que haverá investimentos maciços na classe docente, mediante a oferta de formação continuada – que deve ocorrer na própria escola – e concessão de bolsas de estudos. Estão previstas ainda mudanças nos cursos de pedagogia e demais licenciaturas.
A Universidade Federal do Maranhão, em seu papel de produtora, incentivadora e difusora do conhecimento, reconhece todos essas iniciativas como essenciais para que milhares de outras pessoas ingressem no Ensino Superior e contribuam para o engrandecimento deste Estado e país. Além do trabalho de órgãos governamentais e instituições voltadas para a educação, acredito que a contribuição da família é fundamental e insubstituível. Se ainda temos tantas crianças analfabetas, certamente a ausência de pais, mães e responsáveis na orientação de seus filhos pesa na consolidação desse grave quadro de exclusão.
O filósofo Mario Sérgio Cortella, que trabalhou com Paulo Freire e é Doutor em Educação, afirma que “não cabe à família colaborar com a escola na educação, mas exatamente o contrário, é a escola que colabora, a família é responsável (...). Cabe à instituição promover a autonomia, a solidariedade e a formação crítica, mas a responsabilidade principal continua sendo da família e ela não pode se eximir disso”. Se todos – governo, sociedade e família – se unirem, talvez chegue o dia em que analfabetos mirins sejam apenas integrantes de um capítulo esquecido da história.
Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, ACM e AMC
Publicado em O Estado do Maranhão em 01/12/2013
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