Palavra do Reitor
A capital maranhense celebra hoje 401 anos. Essa comemoração nos lembra dos versos do poeta José Chagas: São Luís ainda brilha/ como o fez antigamente/ Em nosso mar, é uma ilha/ na cultura, é um continente. E é nesse espírito de celebração que a UFMA se irmana com cada filho e filha desta Terra – e mesmo com aqueles que a elegeram como seu segundo lar.
Quis o destino, numa coincidência feliz, que a comemoração pelo aniversário da cidade encontrasse a todos nós que fazemos da UFMA um momento auspicioso: na última sexta-feira, eu juntamente com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e a superintendente do IPHAN Kátia Bogéa estivemos visitando as obras de recuperação do complexo arquitetônico da antiga Fábrica Santa Amélia, integrado por oito prédios, à altura da rua Cândido Ribeiro, no Centro Histórico de São Luís.
Autoridades, convidados e profissionais da imprensa ficaram impressionados com o trabalho que, por meio do IPHAN, está sendo realizado com recursos dos Ministérios do Turismo, Educação e Cultura. Os prédios, antes esquecidos e abandonados, aos poucos se revelam em todo o seu esplendor: uma belíssima escadaria de ferro, os antigos motores e chaminés da fábrica foram recuperados, além de tesouros arquitetônicos que estavam escondidos nas ruínas; os azulejos e as paredes foram restaurados, trazendo de volta histórias seculares, assim como estão sendo feitas obras de recuperação e adaptação em cada um daqueles prédios. Estamos planejando também abrir um acesso para a Fonte das Pedras, que fica ao lado do complexo, e assim fazer daquele local não apenas um espaço de aprendizagem e impulsão de conhecimento, mas de imersão na memória cultural para os moradores e visitantes de São Luís.
O espaço aqui não nos permite detalhar uma a uma todas as obras que estão sendo realizadas naquele complexo, mas, em breve, a população vai poder conferir que, mais do que a recuperação de um passado glorioso, aquele local vai disponibilizar salas inteiramente equipadas para abrigar os cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA, a partir de 2014, pois a conclusão das obras está prevista para os próximos seis meses. Teremos um prédio central de ensino, uma empresa júnior de hotelaria e turismo, laboratórios, uma biblioteca, um hotel-escola e um grande auditório, que, juntos, somam 5.496 metros quadrados de construção.
Ao vermos o grande trabalho que está sendo realizado, lembramo-nos do brilhante poeta Ferreira Gullar, que, em seu poema Volta a São Luís, exclama parafraseando Gonçalves Dias: “Meu coração diz pra si:/ as aves que lá gorjeiam/ não gorjeiam como aqui”.
Como se não bastasse o que já foi exposto, é com orgulho que informamos que quatro outras obras incorporantes do patrimônio arquitetônico da UFMA estão sendo realizadas como integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas.
A primeira é o prédio do Fórum Universitário, localizado na Rua do Sol, que está recebendo investimentos na ordem de R$ 3 milhões e 307 mil, cujo objetivo é recuperar integralmente aquele espaço, que passará a abrigar a pós-graduação do curso de Direito. A segunda está sendo realizada no Palácio Cristo Rei, localizado na Praça Gonçalves Dias, onde estão sendo investidos, numa segunda etapa de uma grande reforma já iniciada, quase R$ 2 milhões. Depois de concluído, será instalado, em seu mirante, o memorial Gonçalves Dias.
A terceira é o Palácio das Lágrimas, em frente à Igreja de São João, que está sendo reformado para abrigar o Museu da Ciência da UFMA. Para se ter uma ideia, essa obra está recebendo do PAC, através do IPHAN, o valor de R$ 2 milhões e 129 mil. A quarta – cujo edital de licitação para a contratação da empresa que se responsabilizará pela recuperação será publicado nesta semana que se inicia – é a recuperação do Palacete Gentil Braga, situado no início da rua Grande, onde funciona o Departamento de Assuntos Culturais da Universidade. A obra está orçada em R$ 3 milhões e 453 mil, financiada pelo Ministério de Turismo.
Também estamos trabalhando em projetos que vão resgatar a dignidade do secular prédio do Serviço de Obras Gráficas do Estado (SIOGE), onde deverá funcionar um museu de arqueologia, juntamente com os cursos de graduação e pós-graduação de História. Os recursos para essa obra são de responsabilidade da Petrobrás, que, em decorrência dos trabalhos de construção da Refinaria em Bacabeira, coletou mais de 60 mil peças arqueológicas encontradas durante as escavações e que serão destinadas para esse museu.
Acredito que fiel à sua missão de ser incentivadora e propulsora do conhecimento, da pesquisa e da extensão e por ser hoje a instituição de ensino que mais cresce em inclusão social, a UFMA oferece esses grandes presentes à São Luís – senhora quatrocentenária, cheia de mistérios, encantos, cultura e história –, que não se traduzem apenas na restauração, ampliação e construção de obras físicas. São mais do que isso: são espaços em que as pessoas construirão novas histórias, realizarão sonhos e legarão para as futuras gerações uma cidade melhor.
Lembramo-nos ainda do herói grego Ulisses, que, rejeitando as promessas de Calipso para a juventude e imortalidade, enfrenta toda sorte de infortúnios para retornar à Ítaca. Esse seu regresso é para o lar que ele conhece, para as pessoas que ele ama, para a trajetória que o tornou quem ele é. Ir ao encontro do passado desta São Luís para resgatá-lo e valorizá-lo é pensar em nós mesmos como amantes de nossa Terra. Que nossos descendentes não esqueçam a responsabilidade de zelar e ampliar o trabalho que já está sendo feito. Deus abençoe a cidade de São Luís e a todos os filhos desta Ilha.
Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, ACM e AMC
Publicado em O Estado do Maranhão em 08/09/2013
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