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Palavra do Reitor

Discurso em Pinheiro: Título de Cidadão Pinheirense
Em 24/05/2013
Senhoras e senhores, 

Bom dia!
 
Aprouve a Deus reservar tão feliz momento a esta altura de minha vida em que, na condição de reitor da Universidade Federal do Maranhão, chego à Casa do Povo de Pinheiro, reverente e agradecido, para aqui me irmanar aos filhos desta terra.

Não chego sozinho. Venho acompanhado de uma trajetória de dedicação ao ensino, à pesquisa, à extensão, iniciada desde os meus tenros anos quando sequer imaginava um dia galgar o mais alto degrau da maior e melhor universidade pública de nosso Estado. Assim como o autor do livro bíblico de Provérbios, chamei de minha irmã a sabedoria e me faço diariamente discípulo do conhecimento. Quando recebo uma dessas distinções (como título de cidadão, por exemplo) com a qual hoje sou agraciado, sinto-me profundamente recompensado pela devoção que dedico à causa que abracei, pois, como disse Fernando Pessoa, “tudo vale a pena se alma não é pequena”.

Admirável mundo é este o do saber. Desde a primeira Academia de Platão, por volta de 387 a.C., onde o ensino se dava em aprazíveis caminhadas e as palestras eram provocadas pela natureza ao redor, o mundo do ensino experimentou revoluções. Naquele tempo, assim se estabelecia o vínculo entre um mestre e seus discípulos. 

A escola formal tem sido a principal referência de desenvolvimento, liberdade, civilização e cultura dos povos. Na época do autor de “O Banquete” e de “ A República”, o ensino era uma relação viva e íntima entre um mestre e seus discípulos. O conhecimento aprendido implicava o aluno num comprometimento pessoal, pois era mais que acúmulo de conhecimento que era apreendido. É curioso que, passados milênios, ainda busquemos este mesmo espírito na relação de ensino. 

A academia consistia em uma biblioteca, uma casa e um jardim que pertenceu a Academus, herói ateniense da batalha de Tróia. Essa é a explicação etimológica da palavra Academia. Hoje, nesta cidade, a Universidade Federal do Maranhão é, sem dúvida, parte de sua história, pois já se encontra bem alinhavada com a existência do campus V da UFMA e agora dá um salto quantitativo e qualitativo, cujos resultados futuros podemos tatear não somente para Pinheiro, mas para toda a baixada maranhense. Nesta região, existem dezenas de cidades, com as quais a Princesa da Baixada mantém laços, não de vassalagem, mas de profícua troca econômica, social e de identidade cultural. Este mesmo campus universitário, que por décadas sofreu com o abandono e esquecimento, agora renasce para sua vocação de ser grande: recentemente chegou a abrigar uma reunião da Controladoria - Geral da União e um encontro do Ministério do Turismo. 

Tenho tido muitas alegrias como Reitor, quando testemunho o avanço de nossa universidade, mas confesso: esta é particularmente feliz por estar entre os protagonistas desse momento histórico de oficializar a instalação do curso de Medicina em Pinheiro, também implantado na cidade de Imperatriz, bem como outros cursos nas áreas de ciências humanas e naturais.

A partir de 2014, quarenta estudantes iniciarão uma longa jornada de conhecimento de um dos mais fascinantes ramos do saber humano e males do corpo. Trata-se do sagrado sacerdócio do qual eu, modestamente, faço parte. E aqui já anuncio que estamos trabalhando arduamente para que esse número de vagas venha dobrar em breve.

Com a instalação do curso de Medicina, a interiorização da UFMA alcança outro patamar de intervenção positiva na realidade do Estado do Maranhão. Como grande fábrica que demanda outras em seu suporte, precisaremos de enfermeiros, farmacêuticos e outras formações afins do campo da saúde, todos aqui preparados. Mais adiante, também instalaremos o curso de Engenharia de Pesca na cidade de Cururupu e assim atenderemos à rica vocação desta região, tão abençoada por Deus com bela geografia e seu povo agradável e acolhedor. 

Acreditem, senhoras e senhores: a Universidade Federal do Maranhão tem um firme propósito de ser uma mola propulsora do desenvolvimento de nosso Estado. Chegamos ao patamar de 14 mil alunos, além de dezenas de novos cursos que foram incluídos na grade de ensino, bem como ampliação dos cursos de pós-graduação e abertura de novos mestrados e doutorados. Este é um legado para esta geração e para as que hão de vir. Um marco inamovível foi instalado: crescimento com inclusão social. Não há meio mais eficaz e poderoso de promovê-lo do que o ensino. 

Costumo dizer que uma obra de tal envergadura não pode ser fruto de um solitário laborador e é, com justiça, o fruto de inúmeras pessoas. Algumas delas, com seu exemplo pioneiro, seu amor pelo conhecimento, e outras quase anônimas em seu mister de trabalhar com dedicação e alegria. Destaco o doutor Aymoré de Castro Alvim, filho desta terra, médico, pesquisador, escritor e professor aposentado da UFMA, meu confrade no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM); o meu colega, professor doutor José Márcio Soares Leite, também confrade do IHGM e da Academia Maranhense de Medicina; e ainda o doutor César Augusto Castro, membro da Academia Pinheirense de Letras, atual diretor do Centro de Ciências Sociais da UFMA.
 
Faço especial menção à bancada maranhense na Câmara e no Senado Federal, cujos esforços e solícita atenção à causa da UFMA têm favorecido inúmeros pleitos junto aos órgãos federais. Ao prefeito de Pinheiro, Filuca Mendes, que, de pronto, abraçou esta causa e assinará convênio entre a UFMA e os serviços públicos de saúde do município que servirão, inicialmente, para a prática dos acadêmicos de Medicina.
 
Olho para as imensas planícies que arrodeiam a cidade de Pinheiro, chamada pantanal maranhense, inundado de esperança. O curso vem ao encontro de uma região com grande potencial humano e econômico, sendo esta mesma instalação catalizadora de um impulso a um futuro promissor e desafiador.
 
Como numa canoa que navega na mansa correnteza do Pericumã em busca do pescado, do sustento e da vida, deixo-me embevecer pela beleza dos lagos formados e pela flora aquática. Um rio que desce em sua incoercível marcha à baía de Cumã para seu grande encontro com o mar. Atrás de si, deixou um rastro fértil e útil à vida dos ribeirinhos e desta cidade, que se amolda às suas cheias e vazantes. Espero assim mesmo que o curso de Medicina deixe marcas indeléveis de uma história que começa agora, da qual nós somos apenas seu prefácio.
 
E como dizem os versos do hino desta cidade: "Vive Pinheiro, ainda\ Nos séculos, Rainha, Rica, gloriosa e linda\ Em teu verde esplendor\Triunfa sempre altiva\ No pelejar da vida\E na tua gente viva\Nobre e fecundado amor!
 
Que Deus abençoe o povo de Pinheiro. Que Deus abençoe esta casa. Que Deus abençoe a Universidade Federal do Maranhão nesta terra onde milhares poderão realizar seus sonhos. Muito obrigado!
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