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Palavra do Reitor

Uma viagem pela bela história do curso de Turismo da UFMA

Em 19/09/2012 

Não poderia ser melhor a ocasião do aniversário de 25 anos do curso de Turismo da Universidade Federal do Maranhão: ele coincide com as comemorações pelos quatrocentos anos de São Luís. É bem verdade que a cidade recebeu merecidas homenagens, mas toda homenagem é efêmera e se dissolve nos fogos de artifício das festividades se os valores culturais, artísticos e sociais são pouco conhecidos pelo seu próprio povo. O curso de Turismo da Universidade Federal do Maranhão foi em criado em 1987 e ao longo de sua benfazeja história, tem gerado um rico patrimônio de conhecimento e promoção da riqueza cultural única e das características singulares de nossa cidade e de nosso Estado.

O momento também é propício para que se lembre o fato de que o Labotur, ligado ao curso, foi a primeira empresa de turismo junior no Brasil, fundada em 1991, e muito tem servido para o campo de prática dos alunos. Outra boa lembrança neste momento é o fato de que por intermédio da lei 12.591, de 18 de janeiro de 2012, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, o profissional de turismo alcançou o tão merecido reconhecimento. A lei oportuniza a milhares de turismólogos no Brasil o respeito e o mercado de trabalho a que fazem jus.

Trata-se de conquistas que merecem ser celebradas, pois integram um legado que tem contribuído para além da formação de profissionais, ao gerar oportunidades e possibilidades inúmeras, se pensarmos à luz do paradigma das cidades criativas, tema escolhido para este seminário. Com um olhar mais apurado sobre o tema, é possível descobrir que o termo cidades criativas foi cunhado pelo pensador britânico Charles Landry em 1995, autor do livro “Cidades criativas: um kit de ferramentas para inovadores urbanos”. 

A ideia equivale a uma espécie de reinvenção de um lugar e esse neologismo define bem as mudanças radicais pelas quais inúmeras cidades pelo mundo tem vivenciado, o que chamaria de um efeito fênix: revocacionamento, palavra que significa um novo olhar que uma comunidade se dá e isso se traduz na redescoberta de seu potencial, talentos e bens intangíveis que podem vistos em sua forma de ser, falar e fazer coisas. Esta forma ganha vida na arte, na gastronomia, no folclore, que por sua vez se tornam elementos atrativos para pessoas de todas as partes. Acima de tudo, geradora de esperança de dias melhores para suas futuras gerações, e no dizer do Padre Antonio Vieira, a mais fiel de todas as companheiras da alma é a esperança.

No Brasil, diversas cidades tem descoberto no conceito de cidades criativas formas de gerar emprego e renda, revitalizar-se por completo ou apenas determinadas áreas como centros antigos que em outro momento estavam abandonadas e destinadas ao esquecimento. De certo modo, aqui se inclui o antigo anseio do curso de Turismo ter sua sede no centro histórico de São Luís. Este sonho, agora prestes a se tornar realidade, será concretizado na antiga fábrica de tecidos Santa Amélia, localizada numa área de 9 mil metros quadrados, na rua Cândido Ribeiro. O espaço contará com laboratórios, área de vivência, área administrativa, dois auditórios, um deles com capacidade para 430 lugares; biblioteca; núcleos de pesquisa e ensino; unidade museológica; 16 salas de aula com capacidade para 60 alunos e um hotel-escola com equipamentos de alta complexidade.

O curso de Turismo tem, pode-se afirmar, uma espécie de mina com pedras expostas na superfície. São Luís é uma cidade com a natural vocação para se tornar um dos maiores pólos criativos do Nordeste e o Maranhão tem cenários de beleza impar. Claro que isto deve mobilizar todos os atores possíveis – sociais e governamentais – e tão somente precisamos nos espelhar em grandes cidades que seguiram esta trilha. São Francisco, na Califórnia, apenas uma das grandes cidades do mundo que adotaram a ideia, tem como marcos delineadores de sua estratégia como cidade criativa a diversidade, inovação e cultura. Assim, os maiores empregadores da cidade são os hotéis, teatros, museus e restaurantes, agentes de um arco econômico que se relacionam com a arte, design, arquitetura e música. São Francisco é mais jovem que São Luís e nem de longe tem a diversidade cultural oriunda das contribuições européia, indígena e africana que nossa cidade tem.

Acredito que este seminário pode ser um marco importante para que São Luís, em data tão simbólica, comece a se repensar, pois se vemos com bons olhos o crescimento que nos elevou à categoria de cidade com mais de um milhão de habitantes, com seus custos não sustentáveis com reflexos importantes na qualidade de vida de sua comunidade, mas também seus bons efeitos na geração de emprego, ampliação de oportunidades de estudo e inclusão na grande economia do país, sua identidade, sua posição geográfica, sua cultura, pedem um tipo de economia chamada criativa que é, por natureza, transversal, inclusiva, de baixo custo e tremendamente agregadora de valor a bens que estão disponíveis aqui mesmo na cidade. O entendimento desse problema passa pela compreensão do que o fenômeno turístico tem representado para o país com fonte de riquezas e de desenvolvimento humano e social.

Quero parabenizar o trabalho árduo e incansável de todos aqueles que contribuíram para que o curso alcançasse esta belíssima data: professores, alunos, técnicos, pois que não ficaram apenas em palavras, mas que construíram com seu abnegado labor uma obra da qual podem se orgulhar. E para encerrar, volto a lembrar o Padre Antonio Vieira, que afirmou: “Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, é preciso obras”.

Tenho certeza de que o coração de todos aqui já foi tocado. Que Deus abençoe a todos e parabéns aos profissionais e estudantes do curso de Turismo. 

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