Palavra do Reitor
“Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com cavalos?” A partir dessa pergunta feita por Deus, por meio do profeta Jeremias (12:5), é possível uma série de inferências, entre elas, que há uma medida para a capacidade de todo enfrentamento. Volto a atenção, em especial, para os profissionais da área da saúde que atuam no HUUFMA. Frágeis diante da perversidade da praga – que desconhece fronteiras, sejam físicas, sejam sociais – arriscam todos os dias suas vidas num cenário de vulnerabilidade, onde ainda não existe remédio específico e vacina.
É verdade que, diante das batalhas, revelam-se os heróis, e os bravos são testados. E, se há uma instituição neste Estado que mostrou ainda mais sua vocação para a grandeza e seu chamado para o bom serviço, esta instituição, uma das referências científicas em todo o Norte-Nordeste, atende pelo nome de Complexo Hospitalar - Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - HUUFMA, dono de uma rica história de serviço ao povo do Maranhão e a outros Estados.
Uma breve digressão: o prédio foi construído nos anos 1950 e se confunde com a história da criação do Curso de Medicina da UFMA. Em 1991, foi incorporado à Universidade Federal e passou a ser um campo de pesquisa, de formação de profissionais e, desde a graduação, de quase duas dezenas de residências médicas. O primeiro paciente curado no HUUFMA foi justamente um residente de Medicina que, após sete dias na UTI, lembrou-se, na saída, de fazer um discurso de gratidão e expressar sua crença de que conseguiria vencer a batalha, pelo excelente trabalho de seus pares, sob a ajuda de Deus.
Entretanto, em quase quarenta anos de bons serviços, o HUUFMA ainda não havia sido provado em nível tão desafiador como nesta Pandemia que a Covid-19 lhe impôs. Temos sido testados de maneira que jamais teríamos pensado, exceto pelas histórias que lemos ou pelos filmes a que assistimos sobre sociedades distópicas. A situação é grave e desperta preocupação diária. Mas não estamos inertes: muitos cientistas, trancados em seus laboratórios, estão dedicados, horas a fio, a conseguir uma resposta eficaz. Já são contabilizados, mundo afora, cerca de 2.600 trabalhos publicados. Sim, não há cura física porque ainda não há remédio possível, mas temos o poder de fazer com que alma e mente não adoeçam.
Nessas semanas de quarentena, profissionais de todas as áreas que atuam no HUUFMA têm se mostrado verdadeiros gigantes no combate à peste que assola por todos os lados. Desde o gesto simples e carinhoso – como as palavras de conforto e superação escritas nas embalagens de alimentação que são destinadas aos pacientes com Covid-19 à grande rede de solidariedade que se formou em torno da fabricação de EPIS´s - numa parceria, entre diversos departamentos e cursos da UFMA, com a Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI). Merece calorosos aplausos, o esforço hercúleo de todas as equipes que, incansavelmente, trabalham para auxiliar os pacientes infectados, proporcionando conforto, zelo e meios de cura.
Guimarães Rosa diz em seu romance Grande Sertão Veredas que qualquer amor já é um pouquinho de saúde. Eu acredito que cada um destes profissionais adjetiva seu dia a dia não apenas com a responsabilidade, mas com o cuidado amoroso, a atenção esperançosa. No ambiente do amor, temos a possibilidade de deixar vicejar o otimismo. Acredito que ser otimista não é sonhar tolamente sem trabalhar e esforçar-se, mas acreditar que tudo isso dará fruto. O pai da psicologia americana, William James, dizia que otimismo é como a saúde da alma. Concordo.
Nunca uma doença despertou tanto medo, incerteza e insegurança. Mas somos as pessoas certas para este tempo. Em destaque, aqui, os profissionais que atuam no HUUFMA. Mais do que correr, eles voam. Agradecendo, também, a todos os profissionais de saúde que estão no front dessa guerra da Covid-19 no nosso imenso Brasil, irmano-me com cada homem e cada mulher que sabe de sua vocação e chamado e enseja coragem e destemor diante de nosso inimigo. Com certeza, não se fatigariam correndo com homens que vão a pé e estariam prontos para competir com aqueles que vão a cavalo, sim. Porque é de gigante a medida que têm demonstrado para o enfrentamento desta pandemia.
Natalino Salgado Filho
Reitor da UFMA
Solenidade de Professor Emérito 30.10.2020
Discurso realizado durante a Colação de Grau de alunos do Câmpus de Chapadinha, no dia 22 de maio
Solenidade de Transmissão de Cargo Gestão (2019-2023)
VIII Encontro de História da Educação
Colação de Grau Campus Grajaú 2014.2
Discurso das Universitárias/2014
Discurso em comemoração aos 160 anos da Associação Comercial do Maranhão
Discurso da entrega do Título de Doutor Honoris Causa à professora Denice Barbara Catani
Discurso da Abertura do VII Encontro Maranhense de História da Educação
Discurso proferido por ocasião da outorga do título de Doutor Honoris Causa a Ignácio Rangel
O HUUFMA é e continuará sendo um hospital público”, afirma Natalino Salgado
Casa do Estudante será entregue no segundo semestre de 2014, afirma reitor da UFMA
Discurso em Pinheiro: Título de Cidadão Pinheirense
Discurso de Posse na Academia Maranhense de Letras
Uma viagem pela bela história do curso de Turismo da UFMA
Discurso de Abertura da 64ª SBPC
Discurso em Pindaré Mirim: Título de cidadão pindareense
9º Congresso Internacional de Nefrologia
Acordes para o tratamento renal
Quando tudo isso vai terminar?
Homenagem do reitor Natalino Salgado ao acadêmico da AML Sálvio Dino
Por uma nova versão da história
E se deixasse de haver ciência?
Homenagem do reitor Natalino Salgado ao acadêmico da AML Milson Coutinho
Homenagem do Reitor Natalino Salgado ao acadêmico da AML Waldemiro Viana
Tempos pandêmicos para secretas lições
Moby Dick, para uma macroscopia do coronavírus
Saúde e educação nas entranhas da cidade
Medicina e Literatura: mais que a vida
Os vírus, as pandemias e as alterações históricas
O vírus, o próprio homem, o racismo e outros inimigos
O cenário das pragas na vida e na literatura
E as lanternas continuam acesas
O gigante aliado no combate ao mal
Doença renal: a prevenção começa na infância (II)
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Novos cenários para a inovação tecnológica
Uma homenagem a Bacelar Portela
Um poeta, um estadista e um sacerdote
Dom Delgado, um homem visionário (IV)
Dom Delgado, um homem visionário (III)
Dom Delgado, um homem visionário (II)
Dom Delgado, um homem visionário (I)
Páscoa: vida nova a serviço do próximo
A Baixada Maranhense e a sua vocação para a grandeza
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Festival Guarnicê de Cinema: a magia sobrevive (III)
Festival Guarnicê de Cinema: a magia sobrevive (II)
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A justiça mais próxima do cidadão
Ubiratan Teixeira: múltiplos em um só
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Voto e democracia, simbiose perfeita
Um desafio para o sistema educacional
Pausa para equilíbrio e reflexão
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Cultura Universitária x Cidade Universitária
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