UFMA

Eles atravessaram o oceano movidos pela sede de conhecimentos e dispostos a ter contatos com uma nova cultura. Escolheram o Brasil como seu destino e começam a criar os primeiros laços afetivos com o País que os acolheu.

Apesar das dificuldades iniciais de adaptação, os estudantes estrangeiros que fazem cursos na UFMA, por meio do Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G), revelam o contentamento com esta experiência de vida enriquecedora e agora passaram a ser acompanhados mais de perto pela Pró-Reitoria de Ensino ( PROEN).

“Fizemos uma pesquisa e descobrimos em nossos registros que desde de 1986 existem alunos estrangeiros realizando cursos de graduação na UFMA", informou pró-reitora de Ensino, Lucinete Marques. Existem hoje cinco estudantes matriculados em quatro cursos de graduação da Universidade Federal.

Por meio do PEC-G, explicou a pró-reitora, "a universidade pretende realizar o acompanhamento da vida acadêmica destes alunos e prestar-lhes toda a assistência necessária”. O programa é administrado pelo Ministério das Relações Exteriores, através do Departamento de Cooperação Científica Técnica e Tecnológica, em parceria com o Ministério da Educação por intermédio da Divisão de Assuntos Internacionais da Secretaria de Educação Superior (SESU).

Os alunos, oriundos de países da África e da América, têm entre 18 e 25 anos e passam por uma pré-seleção em seus países de origem, que inclui o Exame de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros, para os candidatos de nações que não falam português, como é caso de Wikclif Eric Njoro, estudante queniano matriculado no primeiro período do Curso de Medicina da UFMA.

“Escolhi o Brasil, motivado pela ânsia de conhecer este país e quando me formar pretendo aplicar meus conhecimentos em benefício do meu povo”, declarou Njoro. Todos os alunos incluídos neste programa assumem o compromisso de retornar ao seu país de origem logo após a formatura e recebem um visto de permanência temporária no Brasil. Segundo Lucinete, estes alunos ocupam uma vaga viabilizada por um convênio diplomático, sem nenhuma relação com as vagas oferecidas pelo Vestibular e pelo PSG.

Alguns fatores, como a língua e as afinidades culturais, levam os alunos de países africanos onde o idioma oficial é o português a optarem pelo Brasil. “A vontade de estreitar o intercâmbio cultural com este país, pelo qual tenho muita admiração, me levou a escolher o Brasil; além do mais este povo tem fama de ser hospitaleiro e acolhedor”, comentou Marlinda dos Santos Forte Rocha, aluna do Curso de Enfermagem. Natural de Cabo Verde, no Continente Áfricano, Marlinda afirmou ter se tornado um pouco brasileira, durante os anos em que está morando no país. Ela acredita que esta experiência irá ser muito importante em sua vida profissional.