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Saiba mais sobre a Gripe A

Publicado em: 26/03/2010

A Influenza A tem sido alvo de muitas dúvidas, por isso a professora coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Universitário da UFMA, Liberata Coimbra, explica um pouco sobre a doença no Maranhão.

Como a senhora avalia o vírus nessa nova onda?

Este ano, os primeiros casos informados na mídia nacional foram no Pará. No Maranhão, de 20 dias para cá, apareceram casos, sendo alguns graves, chegando a óbito. O que mudou nesta nova onda, foi o aumento do número de casos. No ano passado, o Maranhão só teve 42 casos confirmados, e o que justificaria este número baixo seria o clima quente do estado. Neste ano, apesar do período de chuvas, o clima continua quente e mesmo assim estamos tendo casos. A hipótese é de que o vírus tenha mudado! Nos casos de epidemias, geralmente as ondas posteriores são mais fortes. A Gripe Espanhola, por exemplo, na segunda onda matou muita gente. A partir desta experiência, os profissionais de saúde, as pessoas e os cientistas se baseiam para lidar com as novas epidemias.

Quais são os sintomas e quando uma gripe pode ser considerada grave?

Os sintomas são de um estado gripal comum: febre acima de 38°, tosse e dor de garganta. A preocupação deve existir quando o indivíduo apresenta também dispnéia, que é a dificuldade respiratória. Ela pode caracterizar a Síndrome de Respiração Aguda Grave, que é o que realmente tem preocupado os profissionais de saúde. Esta síndrome não é causada apenas pela Gripe A, mas também pela gripe comum.

Qual é a maior preocupação com a Influenza A?

A Influenza A já está como a gripe normal, a letalidade dela é baixa. Aprendemos com a onda passada que se uma pessoa tivesse algum fator de risco, aumentaria a possibilidade de ser bem mais grave. Por exemplo: em gestantes, crianças com menos de dois anos e em pessoas com doenças crônicas. Com elas, devemos nos preocupar realmente! Por isso que o governo brasileiro pensou na vacinação priorizando esses grupos.

Qual remédio está sendo usado para esta doença?

O remédio é um antiviral, não é usado para gripe comum. Deve haver muito cuidado na utilização do remédio, pois ele é o único disponível contra a H1N1 e se for usado de forma inadequada podemos perdê-lo. O médico tem que receitá-lo.

O que é interessante saber sobre a vacina?

A vacina é segura. O que muda é o período de vacinação dos grupos de risco. No Estado do Maranhão foi antecipado o período de vacinação pelo aparecimento de casos. O indivíduo vacinado só estará imune a partir do 14º dia até no máximo o 21º dia após ter tomado a vacina.

A vacina oferece algum risco para a saúde?

Não, a vacina não oferece perigo. Independente da idade da pessoa, idade gestacional, todos têm que se vacinar. Até o momento, os efeitos colaterais são quase nulos, a previsão é que não apareçam. Caso a pessoa sinta alguma mudança, é recomendável procurar um serviço de saúde para notificar.

Quais cuidados as pessoas devem tomar?

A gripe já está espalhada e o vírus já circula. Como a transmissão já está auto-sustentada, o vírus está em todos os lugares. Então os cuidados são os mesmos para qualquer tipo de gripe, como a lavagem frequente das mãos ou o uso de álcool em gel a 70%, proteger o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar, e evitar contato com pessoas doentes durante o período de transmissão (até sete dias após o início dos sintomas para pessoas adultas e até 14 dias para as crianças).


Perfil da entrevistada Liberata Campos Coimbra

Possui Graduação em Enfermagem (1987), Mestrado em Saúde e Ambiente (1999) e Doutorado em Políticas Públicas (2005), todos pela Universidade Federal do Maranhão. Atualmente, é professora adjunta III da UFMA e professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFMA. Tem experiência na área de Enfermagem e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: Atenção básica, Estratégia Saúde da Família, Assistência Pré-Natal, Saúde da Mulher, Mortalidade Infantil, Fatores de Riscos e Baixo Peso. Coordenadora o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Universitário.

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