UFMA

Mais de 600 pesquisadores estão reunidos durante toda a semana em São Luís, participando do III Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros que trata do tema “ Pesquisa Social e Políticas de Ações Afirmativas para os Afrodescendentes”. O Congresso, que termina na próxima sexta-feira, dia 10 de setembro, foi aberto com uma conferência realizada no Teatro Vale, com a participação de Matilde Ribeiro, ministra da Secretaria Especial da Promoção de Igualdade Racial; do presidente da Fundação Palmares, Ubiratan Castro Araújo e do reitor da UFMA, Fernando Ramos.

Organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal do Maranhão( NEAB/UFMA), o Congresso inclui na sua programação grupos temáticos, mesas redondas, oficinas, palestras e conferências, onde estão sendo apresentados os resultados de pesquisas voltadas para os problemas enfrentados pelos negros brasileiros. A maioria das atividades do congresso estão sendo realizadas no Centro de Ciências Humanas (CCCH), mas existem eventos programados para o Teatro João do Vale, na Praia Grande.

O reitor da UFMA, Fernando Ramos, vê a realização do congresso como uma conquista da luta desenvolvida por professores e pesquisadores negros do Maranhão. “Apesar das dificuldades enfrentadas pela UFMA, o que é uma situação comum a todas as universidades públicas deste país, logo que assumi a Reitoria e fui procurado pelas pessoas que estavam interessadas em realizar este Congresso em nosso Estado, colocamos isto como umas das prioridades da instituição e não medimos esforços para ajudar a concretizar este projeto”, destaca.

O professor Carlos Benedito Rodrigues da Silva, coordenador-geral do Congresso relembra que este evento é resultado de uma “ longa caminhada” iniciada há quase duas décadas. “ Uma referência importante para traçar um histórico desta trajetória foi o I Seminário Nacional de Universitários Negros, ocorrido em 1983. Em seguida, vieram o I Congresso de Pesquisadores Negros, ocorrido em Recife, e o II Congresso, ocorrido em São Paulo e nós com a realização deste congresso, estamos dando continuidade hoje a este processo histórico que com certeza irá contribuir para que toda essa trajetória de luta de nossos ancestrais, de nossos contemporâneos e das gerações futuras tenha realmente validade no processo de construção deste país”, ressalta.