UFMA

Por Maycko Passos

O II Seminário de Avaliação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera/UFMA-MST-ASSEMA, realizado de 2 a 4 de abril em Coroatá-MA, reuniu estudantes universitários, coordenadores locais e regionais, coordenadores do projeto, professores e alunos do magistério e de 3ª e 4ª séries. Participaram ainda representantes das entidades parceiras como a Universidade Federal do Maranhão, o Colégio Universitário (Colun), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema).

No encontro foram apresentados os resultados da segunda etapa do Projeto Continuidade, no qual as turmas de 3ª e 4ª séries e do magistério foram analisadas. O Continuidade consiste na seqüência do Projeto de Educação de Jovens e Adultos e Formação de Educadores do Campo e é desenvolvido por meio de parceria entre o Pronera, a UFMA, o MST e a Assema. Em sua primeira etapa, o projeto teve duração de 18 meses, trabalhando com turmas em nível de 1ª, 2ª e de 5ª a 8ª séries.

Na etapa seguinte, os alunos concludentes do Ensino Fundamental maior passaram a estudar magistério (Ensino Médio) e a dar aulas aos que terminaram a 1ª e 2ª e agora fizeram 3ª e 4ª séries. Durante a avaliação do Pronera, foram discutidas questões pedagógicas, de infra-estrutura e as relações com as parcerias.

Foram identificadas dificuldades financeiras que se devem principalmente ao atraso no repasse da verba do projeto por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Observou-se, ainda, as conquistas de espaço físico e político do programa, como a contribuição da Fundação Sousandrade através do gerenciamento dos recursos sem cobrança de taxas.

A coordenadora geral do Pronera, professora Adelaide Ferreira Coutinho, ressalta o bom relacionamento do programa com a UFMA. “Apesar de a mídia silenciar o fato de que os movimentos sociais são responsáveis pela educação de quase um milhão de pessoas em todo o País (incluindo pós-graduação), as universidades estão mais abertas a participação desses movimentos”.

Mestra em Educação, Adelaide ressalta ainda que A UFMA possui um dos melhores relacionamentos com o programa no Brasil. Até o ano passado, o Pronera UFMA/MST/ Assema era o único a ser reconhecido como projeto de extensão e certificado por uma universidade em todo o país. As prefeituras e governos deveriam dar maior apoio ao projeto a fim de transformá-lo em política pública.