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UFMA consolida programas de pós-graduação em Imperatriz e estimula a pesquisa na região tocantina

Publicado em: 17/11/2020

IMPERATRIZ - Ofertando o único doutorado do Maranhão fora de São Luís, do Programa de Pós-Graduação em Ciências dos Materiais (PPGCM), os câmpus de Imperatriz ganham destaque na área da pesquisa científica. Na direção do câmpus, o professor Daniel Duarte Costa reforça que o crescimento do número de pesquisas e número de programas de pós-graduação, com cinco mestrados e um doutorado com grande quantidade de inscrições, reforçam a importância dos programas e destacam a demanda no município. Assim, a UFMA de Imperatriz possibilita uma formação acadêmica completa aos seus alunos, mesmo após suas graduações.

Compondo o tripé ensino, pesquisa e extensão, os programas alcançam bom desenvolvimento ao longo do tempo. Um exemplo disso é a Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia (PPGST), que foi idealizada em 2014 e hoje apresenta pesquisas nas linhas de “Saúde e Sociedade” e “Tecnologia em Saúde”. Entre os projetos desse programa, estão aqueles que visam à caracterização e avaliação dos efeitos terapêuticos de produtos naturais da região, desenvolvimento de novos alimentos funcionais e de novas formulações para medicamentos já existentes, visando melhorar seus efeitos.

Há estudos, também, nas áreas de tecnologias voltadas para a melhoria da assistência nos diferentes ciclos de vida e avaliação de tecnologias educacionais. A coordenadora do PPGST, Adriana Gomes Nogueira Ferreira, reforça que todos os projetos desenvolvidos têm como foco apresentar retorno social direto ou indireto, contudo alguns ocorrem em curto prazo, enquanto outros em médio ou longo prazo. “Temos projetos que visam ao desenvolvimento de novos tratamentos para leishmaniose, infecções bacterianas e câncer, doenças muito comuns em nossa região”, lembra.

Com a pandemia da covid-19, o processo seletivo do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia foi cancelado. O momento exigiu adaptação, em que as atividades de orientação e as pesquisas que puderam continuar a distância seguiram com encontros virtuais e aulas remotas. O próprio PPGST promoveu, no período de 6 a 10 de julho, o “Café com Ciência”. Totalmente virtual, o evento contou com a presença de importantes pesquisadores do Brasil e do exterior e possibilitou a realização da aula inaugural da 2ª Turma do Programa.

Adaptações em prol da pós-graduação

Diante da necessidade de distanciamento social, alguns cursos chegaram a suspender as atividades, mas, com o período de pandemia, novas estratégias foram criadas para que o calendário acadêmico seja cumprido. As aulas, assim como na graduação, passaram a ser remotas. Elas são realizadas e gravadas no Google Meet, e o material das disciplinas é compartilhado por meio do Google Drive.

As adaptações também afetam a parte administrativa, o que obrigou os programas de pós-graduação a reformularem os sites e redes sociais para suprirem as dificuldades. O Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), por exemplo, está promovendo um processo seletivo totalmente on-line, com adequações na inscrição, que foi realizada pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). Até a própria prova escrita foi adaptada para um sistema de diálogo, junto com a prova oral, e a previsão é que as entrevistas sejam mediadas virtualmente. Além disso, está sendo repensada uma forma de aplicar a distância a prova de proficiência em língua estrangeira.

Buscando compreender o conceito de jornalismo regional com base na percepção e na atuação profissional dos jornalistas das redações de TVs locais, a mestranda do PPGCOM Sarah Dantas (foto) já havia finalizado quase todas as disciplinas antes da pandemia, e a única que faltava conseguiu concluir com as aulas on-line. Apesar de não ter sentido muito os impactos neste aspecto, ela teve que adequar etapas da pesquisa em virtude do contexto atual.

“Estou entrevistando jornalistas das emissoras Mirante e Difusora de todo o Estado do Maranhão e eu entrevistaria de forma presencial, mas agora estou fazendo de forma on-line, e isso tem afetado um pouco o desenvolvimento do meu estudo, porque o campo jornalístico sofreu demais os impactos da covid-19. Além da sobrecarga de trabalho, muitos profissionais ficaram doentes, porque eles estavam na linha de frente também”, revela.

 

Por outro lado, alguns projetos de pesquisa têm a necessidade de realizar atividades nos laboratórios. Para atender essa demanda, os câmpus de Imperatriz seguem os protocolos de biossegurança estipulados e aprovados pelo Comitê Operativo de Emergência de Crise (COE) e pelos Conselhos Superiores. “As pesquisas científicas, além de contribuírem para os estudos nas áreas, têm grande potencial para fazer com que as pessoas entendam a forma como se organizam em sociedade, e todas as questões que as envolvem”, acredita Sarah Dantas.

Pioneirismo na pós-graduação da região tocantina

Ela destaca que o pioneirismo da pós-graduação na região tocantina oportunizou aos pesquisadores trilharem a carreira acadêmica em sua cidade natal ou próxima a esta. Com isso, houve diminuição de gastos com mobilidade, realocação, alimentação, entre outros, uma realidade compartilhada com as outras áreas científicas. O professor Aramys Silva dos Reis, vice coordenador do PPGST, destaca que o mestrado do respectivo programa surgiu da observação de uma grande demanda por qualificação na área tecnológica e da saúde: “Muitos recém graduados com grande potencial paravam seus estudos por não terem condições de cursarem uma pós-graduação fora da região”.

A partir desta percepção, um grupo de professores dos cursos de Enfermagem, Medicina, Engenharia de Alimentos e Ciências Naturais começou a se reunir periodicamente para discutir a possibilidade de construir uma proposta de mestrado interdisciplinar. “Foi uma tarefa bastante desafiadora, principalmente devido à diversidade de áreas envolvidas, mas, posteriormente, esse fator fortaleceu a proposta e o programa”, lembra Reis.

Na sequência, a primeira turma do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) teve sua aula inaugural em 2019. Desde então, é promovido um processo seletivo por ano deste programa de pós-graduação. A previsão é que os primeiros mestres em Comunicação da UFMA-Imperatriz se formem em março de 2021, mas os frutos são colhidos com antecedência: convites já foram feitos ao PPGCOM para firmar parcerias com outros programas do Nordeste, como a participação de pesquisadores locais no Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia (EPCA).

Mesmo assim, Daniel Duarte Costa reforça que ainda são necessários alguns ajustes para atender a todas as necessidades dos programas, em relação a “sérios problemas com a infraestrutura física e uma grande carência de bolsas para os alunos da pós-graduação”, nas palavras do diretor do câmpus. Para resolver o problema de espaços físicos, a Universidade abriu licitação para construção de novo prédio no Câmpus de Imperatriz (foto abaixo). Além disto, os pesquisadores estão frequentemente submetendo projetos para as agências de fomento à pesquisa, e os recursos angariados servem para aquisição de equipamentos e insumos, o que exige espaço para instalação e armazenamento.

 

Perfil do estudante

Cabe frisar que os câmpus da UFMA-Imperatriz atendem a população de municípios vizinhos e é comum a vinda de estudantes de outras localidades. O Programa de Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia conta com estudantes até mesmo de outros estados, como Pará e Minas Gerais, apesar de alguns alunos serem egressos da própria UFMA. Atualmente, a maioria dos discentes é composta por mulheres, na faixa etária média de 28 anos de idade.

Sobre o perfil do corpo discente do Mestrado em Comunicação, a maioria dos alunos são egressos da UFMA, já que é a única instituição que oferta o curso de Jornalismo no município, e há estudantes também da capital maranhense e até mesmo graduados em outras áreas, como Direito, Artes e Letras. A meta é que, com o amadurecimento do Programa, sejam atraídos candidatos e outras áreas de pesquisa e localidades.

O curso oferta dez vagas a cada seleção, além das vagas suplementares, que podem ser ofertadas ou não. São duas áreas de pesquisa, uma tecnológica e uma social. Entre os temas abordados entre as pesquisas desenvolvidas atualmente está o assédio vivenciado por jornalistas mulheres dentro das redações, as pautas adotadas nos veículos de comunicação da região e a produção de mídia indígena.

“A partir do momento em que as pessoas entendem como os meios de comunicação, em particular do jornalismo, se organizam, quais implicações que interferem em suas atuações, como são distribuídos os assuntos locais e regionais e, principalmente, a importância do engajamento e da cobertura de assuntos próximos a esse público, vão enxergar esse campo com outros olhos e compreenderem o lugar de fala que possuem”, pontua Sarah.

E é esse retorno à sociedade que é representado pelas pesquisas: além de qualificar os pós-graduandos e até mesmo prepará-los melhor para o mercado de trabalho ou para seguir uma carreira acadêmica, os estudos trazem retorno social, quando discutem estudam questões do interesse da sociedade, abordando muitas problemáticas locais.

“A relação da sociedade com o mestrado perpassa toda uma questão de estrutura, já que a gente tem um mestrado que atrai e qualifica pessoas, e que coloca Imperatriz em pauta na medida em que esses pesquisadores circulam pelo Brasil e exterior, levando questões acerca da nossa realidade”, acrescenta a professora Thaísa Bueno, coordenadora do  Mestrado em Comunicação.

Perspectivas

Atualmente, o Câmpus de Imperatriz tem mestrados acadêmicos nas áreas de Ciência dos Materiais; Comunicação Social; Saúde e Tecnologia; e Sociologia, além mestrado profissional com a Formação dos Docentes em Práticas Educativas, além do Doutorado Acadêmico em Ciências dos Materiais.

Além disso, o diretor do Câmpus afirma que os programas de pós-graduação da UFMA-Imperatriz com mestrado estão com altas expectativas para implantarem seus respectivos doutorados a médio prazo. “Isso requer tempo, pois ainda precisam ser avaliados com nota 4 pela Capes para, em seguida, poderem submeter o projeto do doutorado. Estas avaliações deverão ocorrer em 2022”, pondera Duarte.

Há também a expectativa da implantação do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT) no Câmpus de Imperatriz, que já foi aprovado pelo Conselho Universitário (Consun) da UFMA.

UFMA consolida pesquisas no Câmpus de Imperatriz

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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Câmpus Imperatriz
Texto: Luciana Bastos
Última alteração em: 17/11/2020 21:59

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