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Aluna do PPGCOM estuda como as redes sociais interferem no modo como sentimos dor

Publicado em: 11/11/2020

SÃO LUÍS - Uma das vertentes que discutem as modificações nas práticas de produção e consumo social, por meio das redes sociais, se destina a entender como o ambiente digital tem colaborado para novas formas de sentir a dor, em uma sociedade carregada por patologias. É diante desse cenário que a mestranda Letícia Feitosa Barreto, aluna da primeira turma do PPGCOM, procura compreender, em sua pesquisa de dissertação, como as redes sociais digitais reconfiguram a experiência da dor e quais as implicações na sociedade.

Com o título “O imaginário da dor na Fanpage do medicamento Dorflex”, o trabalho da discente tem por objetivo principal analisar como o imaginário midiático, expresso na fanpage do medicamento Dorflex, constitui-se uma nova forma de biopoder, atestando novas formas de lidar com o corpo e, consequentemente, a dor.

De acordo com a pesquisadora, a escolha pelo objeto de pesquisa justifica-se pelo fato de que “a fanpage do medicamento Dorflex reúne 1.3 milhão de seguidores e é a marca mais vendida do Brasil, segundo o relatório divulgado em 2019 pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Percebe-se, com base nas temáticas adotadas nas campanhas publicitárias da marca, que o analgésico é vinculado à otimização da performance pessoal e à fruição da vida. As postagens quase sempre remetem a eventos do calendário cultural do Brasil para incentivar o uso do remédio como um item indispensável no cotidiano”.

A busca pela saúde e pela performance tem se tornado, gradativamente, um objetivo a ser alcançado pelas pessoas, e a indústria farmacêutica tem se inserido nos espaços digitais para atrair potenciais consumidores que procuram bens e serviços. “A dor, por ser uma das condições humanas, sempre fez parte do processo de construção das virtudes do homem, mas hoje, na pós-modernidade, testemunhamos uma rejeição ao sofrimento, ao mesmo tempo em que privilegiamos o prazer e a felicidade. Buscamos performar nosso desempenho e não sermos acometidos pelas fraquezas que fazem parte da vida. A pesquisa que desenvolvo busca justamente compreender como a sociedade encara a dor e busca se livrar de qualquer pressão que a importune. O fato de um analgésico para dor ser o mais vendido do Brasil demonstra bem como buscamos banir nossas pressões para dar conta das demandas do cotidiano”, Reflete Letícia.

Para alcançar os resultados com base nos objetivos traçados, a pesquisa tem como procedimentos metodológicos a abordagem qualitativa, apropriando-se das técnicas de pesquisa de Estudo de Caso e Análise de Conteúdo, analisando 133 postagens da página Dorflex, no período de 2017 a 2019. Rumo à qualificação, que ocorre no dia 8 de outubro, a mestranda está levando toda a discussão teórica realizada e o capítulo metodológico. Para a defesa final de sua pesquisa, Letícia pretende levar os resultados da análise.

O interesse pelo tema vem desde a graduação, quando a mestranda começou a fazer parte do Grupo de Pesquisa Imaginarium, no ano de 2016. Letícia relata que, desde quando começou a estudar as teorias do imaginário, tem se empenhado em compreender como a sociedade pós-moderna vem organizando e reconfigurando suas práticas. 

Vida acadêmica e o desejo de ser professora

Mesmo que a pesquisadora não tenha finalizado a parte empírica da dissertação, ela apresenta, no decorrer da discussão de seu trabalho, a importância do estudo da amplificação das mídias digitais no meio social, que tem delineado novos modos de ser e estar no mundo.

Aluna da primeira turma do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (Mestrado Acadêmico) da UFMA – Imperatriz, Letícia Feitosa Barreto é formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela mesma instituição. Além disso, é integrante do Grupo de Pesquisa Imaginarium, coordenado pela sua orientadora, professora doutora Denise Ayres.

Durante o curso de mestrado, Letícia contabilizou, como atividades extracurriculares, apresentações de trabalhos, publicações em periódicos e anais de eventos e ministração de minicurso. A mestranda reflete a notoriedade que a pós-graduação tem na vida acadêmica e profissional e o desejo de continuar trilhando o caminho do ensino e da pesquisa. “Em minha trajetória no mestrado, aprendi bastante e construí, por meio das diversas leituras e discussões em sala, como ter um olhar crítico sobre o mundo e não seguir apenas o senso comum. Agora, minha expectativa é poder não apenas ter um título de mestre, mas realmente ser mestra no ensino, conduzindo as pessoas a terem interesse pelo conhecimento e terem prudência ao observarem a realidade que as cerca”, conclui a discente.


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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Câmpus Imperatriz
Fonte: Sarah Dantas/Ciência UFMA
Última alteração em: 11/11/2020 14:48

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