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SÃO LUÍS - “No período de pandemia, as pessoas se descuidaram em relação à saúde e perderam o acompanhamento médico, o que contribuiu para o fator de risco do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Além disso, elas ficaram mais sedentárias, e houve piora na alimentação. Os idosos, que são grupo de risco para a covid-19, têm chegado mais tarde ao pronto-socorro. O tempo é ouro no tratamento. A cada hora que o cérebro fica sem oxigênio por causa do AVC, envelhece cerca de quatro anos”, comentou a médica angiologista e cirurgiã vascular Nathália Cardoso, durante entrevista concedida ao programa Rádio Opinião da Rádio Universidade FM 106,9 sobre Acidente Vascular Cerebral e covid-19.

De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC é a segunda principal causa de morte no Brasil. No Maranhão, em 2020, houve alta do número de casos tanto por conta da população que está mais sedentária quanto em virtude do aumento do número de casos de covid-19. Isso porque a covid é um vírus trombogênico que contribui para a formação de trombos dentro da circulação, podendo formar trombo em qualquer vaso, inclusive nos vasos dentro da cabeça, o que causa o AVC. Neste ano, já foram mais de 1.400 mortes por AVC no estado. Há projeção de aumento de casos até o fim deste ano, quando comparado com o ano passado.

Estudos realizados recentemente revelaram que os jovens estão cada vez mais suscetíveis a terem AVC.  Às vezes, as doenças que são fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral, como a pressão alta e o diabetes, estão surgindo mais cedo, e as complicações, entre elas o AVC, também. Assim, as pessoas devem estar atentas aos sintomas, que, dependendo da área do cérebro afetada, podem ser: alteração no movimento e na fala, fraqueza, formigamento, perda da visão, sensibilidade e problema na memória.

Confira a entrevista completa

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Produção: Laís Costa
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Glaucilene Oliveira
Última alteração em: 14/10/2020 22:20