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ENTREVISTA: Radialista Saylon Sousa lança primeiro volume de "As Crônicas dos Anjos"

Publicado em: 31/08/2020

SÃO LUÍS – Publicado em junho de 2020, “As Crônicas dos Anjos: Volume I – Armagedom” é a obra de estreia do comunicólogo, radialista e técnico do Laboratório de Rádio da Universidade Federal do Maranhão, Saylon Sousa. Apaixonado por narrar e fantasiar, o escritor de apenas 26 anos dedicou-se a construir uma trama onde pudesse apresentar muitas de suas paixões.

A obra leva como inspirações a sua dedicação por mangás, animes e o universo fantástico. Em 45 capítulos, o livro retrata um universo onde o mundo conta com a regência de anjos e demônios no plano etéreo à espera do cumprimento de uma profecia. Ray, o filho dos demônios, e Melissa, a princesa dos anjos, terão seus destinos cruzados ao lado de seus amigos numa jornada para impedir que o dragão desperte e destrua toda a vida.

Com cenários incluindo paisagens como Monte Fuji (Japão), Delta do Nilo (Egito), Cidade do Vaticano (Vaticano), Triângulo das Bermudas (Caribe), a trama perpassa por lugares reais e fictícios tendo seu ponto de partida o Éden antigo no passado e a singela cidade de São Luís na atualidade.

A versão impressa do livro está disponível na Clube de Autores, na loja virtual da Amazon e presente no serviço de assinantes Kindle Unlimited. Com apoio do Grupo Volts, equipe de comunicação do qual faz parte, Saylon conseguiu suporte para revisão do material e o design de capa. Todos os demais processos foram executados pessoalmente pelo escritor, que divide seu tempo entre escrever, editar podcasts, o lazer e estudos acadêmicos.

Conheça mais um pouco sobre a obra, o autor e a sua inspiração na entrevista concedida por ele à Diretoria de Comunicação (DCom) da Superintendência de Comunicação e Eventos (SCE) da UFMA.

DCom: O tema central chama bastante atenção à primeira vista. Por que decidiu por tratar do fim do mundo, anjos e demônios para debutar na literatura?

Saylon Sousa: Eu iniciei a escrita do livro em 2010, e o resultado tem muita relação com as leituras que eu estava fazendo naquela época. Eu li muitas distopias e recebi influência das obras do autor brasileiro Eduardo Spohr, que escreve literaturas fantásticas. Esses aspectos contribuíram para enveredar-me por esse caminho de esoterismo e figuras sobrenaturais.

DCom: Que aspectos que foram escritos ainda no ensino médio prosseguiram até o lançamento do livro?

SS: Acredito que a forma que eu me proponho a pensar o universo. Eu sempre tive a necessidade de identificar os elementos do espaço narrativo que eu estava criando. Então, uma preocupação que eu tinha naquela época, e mantenho até hoje, é deixar bem explicado e inteligível esse universo fantástico, buscando uma leitura mais fluida e prazerosa para o leitor.

DCom: Como as inspirações em mangás, animes e o universo fantástico aparecem na trama?

SS: Esses estilos serviram como inspiração para a construção das personagens desde o nome ao sistema de classificação de força, poderes e habilidades próximas do estilo shounen mangá, produzido para adolescentes e que tem como base o pilar esforço, amizade e vitória.

DCom: Como você descreveria para os leitores as personagens da obra?

SS: Tenho sete protagonistas na obra, além de outras personagens a quem sou bastante apegado. Eu os descreveria como sendo as representações de boa parte daquilo do que eu sou, do que observo nas pessoas e daquilo que a gente estereotipa em certas ocasiões. Então, eles são um retalho de tudo isso. Por exemplo, a Melissa, uma das principais protagonistas femininas, recebe esse nome porque faz referência a uma amiga de infância, por isso as características físicas e psicológicas da personagem me lembram essa amiga.

DCom: Qual personagem ou qual parte você mais gostou de escrever e por quê?

SS: O capítulo 15 foi o que mais gostei de escrever e é um dos maiores dentro da narrativa. Ele se refere a um intervalo de três horas dentro da trama e traz o primeiro gancho de tensão. Esse capítulo fecha o primeiro arco de três momentos de clímax dentro da narrativa. Eu cito esse com carinho porque ele traz a primeira batalha, um conflito de ideias, de forças, ele revela quem são os verdadeiros inimigos dentro da história, qual o objetivo real dos vilões, além de servir como ensejo para o retorno de uma personagem de que gosto muito — o arcanjo Emanuel. Há um segundo momento que gostaria de elencar: o último arco da trama, quando os protagonistas batalham, mostrando que estão aptos e ávidos para superar o vilão, culminando em uma cena trágica que servirá de gancho para a sequência do livro.

DCom: Como foi o desafio de escrever vários cenários mundiais? E o que você usou para descrevê-los?

SS: Esse é um dos momentos mais engraçados dentro do meu processo criativo, porque eu nunca coloquei os pés em outro país. Mas, eu ouso criar cenários e citar locais sem nunca ter visitado. É um processo muito divertido e, claro, utilizo o auxílio de mapas, dados geográficos, referências arquitetônicas e urbanísticas do espaço com o intuito de convidar o leitor a imaginar e conhecer junto comigo o cenário.

DCom: Inicialmente, você pensa em quantos livros da série?

SS: A série foi pensada, originalmente, em uma quadrilogia. O segundo livro — Filhos do Pecado — já está pronto, mas ainda não tem data para lançamento. Neste, a história ocorrerá dois mil anos antes dos acontecimentos do primeiro livro e contará com personagens inéditas. O objetivo dessa edição é introduzir o desfecho do terceiro livro — Estrelas do Abismo — que fechará a narrativa. Já o quarto livro contará com um spin-off de um evento que não tem tanta relevância para o desenvolvimento da trama, mas é sempre citado na narrativa, pois foi a forma que encontrei para expandir o universo da história.

DCom: Como os conhecimentos no curso de Comunicação o auxiliaram na produção da obra?

SS: O curso contribuiu grandiosamente para o desenvolvimento narrativo. Quando eu estava no segundo período do curso de Rádio e TV, eu fiz uma disciplina chamada "Roteiro para TV", e o trabalho final consistia em escrever um roteiro. Nessa época, eu estava finalizando “Armagedom” e achei interessante adaptá-lo para a disciplina. No encerramento da cadeira, eu consegui um 10 no trabalho, além de dicas valiosíssimas sobre a construção técnica do roteiro e do processo narrativo. Eu guardo com carinho esse trabalho e trouxe essas críticas para o livro. Outra contribuição é que, no curso de Comunicação, nós escrevemos bastante, e isso amplia nosso vocabulário, melhora nosso processo de escrita, e poder aplicar num processo literário é muito gratificante.

DCom: Quais foram os principais desafios de finalizar e lançar essa obra durante o período da pandemia?

SS: O principal desafio é o mercado editorial, porque ele é opressor com os novos autores. Durante a pandemia, a tendência do trabalho remoto e a disponibilidade de ferramentas digitais me permitiu o lançamento da obra de maneira que não saiu tão oneroso. Eu publiquei com o objetivo de concluir uma fase da minha vida, para me sentir mais confiante para dar o próximo passo e continuar transformando as minhas brincadeiras de imaginar em narrativas.


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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Maiara Pacheco e Luciano Santos
Última alteração em: 29/08/2020 01:35

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