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Ministro da Educação volta a se queixar da falta de verba para as universidades

Publicado em: 28/11/2003

BRASÍLIA. Num encontro ontem, 27, com 35 reitores de universidades, que foram cobrar mais verbas, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, disse que vários setores do governo passam por dificuldades financeiras e não apenas o Ministério da Educação. O ministro contou aos reitores que ele mesmo tem dificuldade de agendar um encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que tem poder para liberar verbas.

— Falei aos reitores que o ministro Palocci é um homem muito ocupado e que não é fácil a gente se encontrar com ele. Mesmo assim vamos tentar uma audiência, disse Cristovam Buarque, à saída da reunião.

Faltam recursos em outras áreas, diz Cristovam. O ministro disse aos reitores que o governo enfrenta falta de recursos também na área militar e no Itamaraty. Disse que no Brasil de hoje o Exército teve que dispensar recrutas e que o Ministério das Relações Exteriores teve que entregar casas das embaixadas, contou o ministro.

Cristovam Buarque reconheceu a situação de dificuldade por que passam as universidades. Ele classificou a situação de muito difícil:

— Tem reitor que não consegue pagar contas de água e luz.

Os reitores cobraram do ministro liberação dos recursos da emenda ao Orçamento batizada de Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior), no valor de R$ 57 milhões. O ministro prometeu pelo menos parte dessa verba até terça-feira e disse que vai lutar pelo descontingenciamento do restante. A presidente da Andifes, Wrana Panizzi, disse que metade das 54 instituições de ensino superior estão numa situação dramática. Ela afirmou que há um acúmulo de dívidas e que o custo do serviço terceirizado piorou o quadro.

— Assumimos este ano com R$ 30 milhões de restos a pagar e aumentou muito o serviço terceirizado que temos a pagar, como limpeza, segurança e informática. Não temos dinheiro para comprar gasolina, pagar telefone e luz e comprar reagentes para laboratório, entre outras despesas — disse Wrana Panizzi. A reitora afirmou ainda que está prevendo mais dificuldades ainda para 2004. No próximo dia 9, os reitores reúnem-se com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, na Comissão de Educação. Eles vão pedir mais recursos para a área.

Cristovam explicou ontem suas declarações de que falta tensão entre a academia e as forças conservadoras. O ministro havia dito que se houvesse um golpe de estado hoje no Brasil os militares não precisariam prender nenhum professor e nenhum aluno.
— Atribuo a falta de radicalidade a duas coisas: à morte das utopias antigas, como o socialismo e o nacionalismo; e o apartheid social brasileiro, que isolou a universidade — disse o ministro.

Ele comparou a universidade brasileira de hoje da África do Sul do período do apartheid.

— Só se preocupava com assuntos do branco.

Cristovam afirmou que a distância hoje entre a universidade e as massas excluídas é muito maior do que antes.

— Antigamente, era fácil estudante fazer programa de extensão numa favela do Rio. Hoje não é tão fácil. Houve um afastamento social, um afastamento dos 10% mais ricos dos 50% mais pobres.
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