UFMA

SÃO LUÍS - Em meados do século XV, Johannes Gutenberg inventou a prensa móvel, em uma época em que a quantidade de produção de livros era limitada à escrita à mão. A criação proporcionou enorme impacto na reprodutibilidade de livros e na expansão do acesso a livros que antes eram caros e de difícil acesso, aumentando a taxa de alfabetização, gerando um período conhecido como a Revolução da Imprensa. Desde então, a prensa passou por diversas evoluções até o século XXI, contando com o trabalho de profissionais qualificados, os gráficos.

Nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, é comemorado o Dia do Gráfico ou Dia Nacional dos Gráficos, data também celebrada na Universidade Federal do Maranhão, instituição que tem uma gráfica própria desde 1980. Dois anos depois, em 1982, novas máquinas foram adquiridas e, juntas com o material da reprografia (departamento de reprodução de documentos), começaram a atender às necessidades dos setores da Universidade. Após a implantação definitiva da Gráfica e Editora Universitárias (Edufma), foram criados os seguintes setores: diretoria, secretaria, editoração eletrônica, pré-impressão, processamento de filmes e chapas, sala de máquinas, encadernação, almoxarifado e expedição. A estrutura do prédio passou por uma grande obra de reforma e ampliação em 2013, ainda na segunda gestão do reitor Natalino Salgado, melhorando as condições de trabalho aos servidores da UFMA.

Patrícia Régia, técnica em artes gráficas, professora, graduada e mestra em Design pela UFMA, construiu uma carreira de 11 anos na Edufma. Ela contou que sua paixão pela área já existia antes mesmo de ela decidir o que ia cursar ao passar no vestibular: “Eu acho que, por o trabalho gráfico estar tão presente no nosso dia a dia com os materiais, por vezes, as pessoas acabam não se perguntando quem de fato faz, e somos nós, produtores gráficos. É um processo extremamente complexo, principalmente quando é em altas tiragens e envolve muitos maquinários, muitas questões técnicas, então precisa realmente desse profissional capacitado para realizar a atividade”, detalhou.

A técnica também elucidou que na Editora, organizam a publicação e a diagramação, para depois passar pela Gráfica para a produção e impressão. Pedro Beato Pereira, encadernador da Edufma e que trabalha há 15 anos no setor de acabamento da Gráfica Universitária, e declarou a paixão pelo ofício. “O profissional gráfico tem importância não apenas para mim, como também para a sociedade, que precisa aprender com os livros. Eu amo o que faço”, enfatizou.

Um dos funcionários mais antigos da gráfica, Francisco Maciel, impressor gráfico com 35 anos de colaboração na Universidade, destacou a relevância dos avanços tecnológicos como fator de melhoria na entrega do produto final.  “Eu considero minha profissão muito importante da Universidade e penso que a evolução tecnológica dos equipamentos ajudou muito nos nossos processos de produção, como off-set, que são cadernos montados numa placa de metal e colocados na impressora”, pontuou.

Saiba mais

O Dia Nacional do Gráfico é celebrado no dia 7 de fevereiro em homenagem à greve dos gráficos realizada em São Paulo no ano de 1923, que durou oficialmente 42 dias. Na ocasião, os profissionais fizeram paralisação por melhores condições salariais e de trabalho e lutavam pelo reconhecimento da União dos Trabalhadores Gráficos (UTG) como entidade que representasse, de forma legal, todos os trabalhadores da área.

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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Walber Oliveira
Última alteração em: 07/02/2020 14:54