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Campanha alerta para os prejuízos de rabiscos em livros a pessoas com deficiência

Publicado em: 06/01/2020

SÃO LUÍS – Com o intuito de conscientizar a comunidade acadêmica sobre as dificuldades que os transcritores têm para escanear livros para impressão em braile ou converter em áudio o texto por causa de rabiscos, a diretora de Acessibilidade, Maria Nilza Quixaba, e os estudantes do primeiro período de Letras da UFMA lançaram a campanha Não Rabisque o Livro.

A ideia nasceu na disciplina Princípios de Educação Especial e Inclusiva, por conta da preocupação nas atividades. Foi criada, então, a campanha para chamar a atenção dos estudantes que têm o hábito de rabiscar livros de bibliotecas, impossibilitando os estudantes cegos ou com baixa visão de terem acesso a textos fundamentais para sua formação.

“Ao riscar um livro que pertence à biblioteca, sendo este raro ou não, não há apenas o dano ao físico, mas também o dano material, que muitas vezes o poder público tem de substituir as obras que foram rabiscadas ou marcadas, além do dano patrimonial e histórico, pois existem obras em posse das bibliotecas que não podem ser repostas”, frisou a professora Maria Nilza.

Um risco que vai além

Segundo a professora Nilza, o dano ao livro não atingirá, apenas, pessoas sem deficiência visual, baixa visão ou cegas, como também, pessoas com transtornos psicológicos como a Dislexia e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que não conseguirão manter o foco ao fazer a leitura de um texto com rasuras.

“Livros rasurados se tornam quase inacessíveis, o que leva a pessoa com deficiência a ter dificuldades em entender um conteúdo ou ter a mesma educação que todos os outros têm”, apontou.

Vale ressaltar que a Biblioteca Central da UFMA disponibiliza poucos livros em braile ou audiobooks, e o tradutor de braile, que fica lotado no Centro de Ciências Humanas, ao se deparar com livros rasurados, tem que traduzir todo o material à mão, já que os caracteres que se encontram no texto não são reconhecidos pela máquina, o que demanda muito mais tempo e trabalho.

“Quando se risca um livro, não se faz apenas um rabisco em uma folha: tira-se uma folha de um estudante deficiente, tira-se um dia do tradutor. Evite rasurar livros, há maneiras mais eficientes de se anotar algo: existem post-its, cadernos, cadernetas, folhas inacabáveis que poderão auxiliar você nessa sua aventura enquanto leitor”, diz um conselho anexado no material da campanha criada pela turma de Letras.

Você sabia?

Segundo a “World Blind Union” (União Mundial de Cegos), há uma estimativa de 253 milhões de pessoas cegas, com deficiência visual ou com baixa visão no mundo. Foi assinado por 79 países, em junho de 2013, o Tratado de Marraquexe, que facilita a produção de livros em braile por meio de exceções quanto aos direitos de reprodução das obras.

No Brasil, o tratado tem nível de emenda constitucional, porém, apesar de ser considerado um marco, livros em braile e audiobooks ainda têm produção limitada.


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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Maiara Pacheco
Última alteração em: 06/01/2020 18:02

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