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Jogo desenvolvido por alunos que enaltece o folclore maranhense é destaque em festivais

Publicado em: 19/12/2019

SÃO LUÍS - Um jogo cheio de ação, repleto de adrenalina, com pitadas de terror e suspense, tendo como pano de fundo um casarão histórico do centro da capital maranhense. Esse é o cenário do game Marílha, desenvolvido por dois estudantes de graduação dos cursos de Design e Ciências da Computação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

O termo “Marílha”, além de ser o nome da personagem principal, vem da junção das palavras “MAR” e “ILHA” em homenagem à cidade de São Luís. Mas as referências regionais não param por aí. Durante o desenrolar do game, o jogador se depara com personagens históricas, lendas e fatos do nosso folclore regional que, além de entreter, acabam se transfigurando numa bela lição de história e cultura local.

“Gabriel e eu temos gostos parecidos em relação ao apetite por jogos. A diferença é que, enquanto o curso que ele faz, de Ciências da Computação, tem muitas ferramentas e cadeiras específicas voltadas para o desenvolvimento de jogos, o meu já é mais voltado para a parte gráfica de fato, o que nos possibilitou somar forças e especialidades, unindo o útil ao agradável para dar início ao nosso projeto”, revelou a estudante e cocriadora, Flávia Naoshii.

Estudantes formados em Ciências da Computação pela UFMA criaram a Associação Maranhense de Games (AMA Games) do qual os criadores do Marílha fazem parte. E, no intuito de se inserir no universo dos jogos, os criadores Gabriel Santos Drummond e Flávia Naoshi participaram das Game Jams, reuniões para desenvolvedores de jogos que, segundo eles, não exigem do participante um conhecimento prévio em desenvolvimento de jogos, bastando, para tanto, a vontade de aprender.

Você tem 48h para desenvolver um jogo, nem que seja só um demo. No nosso caso, criamos o jogo na Game Jam Plus, que é voltada para estratégia de mercado, publicidade e marketing, entre outras áreas de conhecimento que enriquecem nossa experiência”, revelou Naoshi. Os eventos são abertos ao público com o intuito de atrair pessoas novas e o contato com diversas expertises. São várias áreas agregadas: Marketing, Design, História, Criação de Enredo, Animação e outras específicas, a exemplo daWomen Game Jam, voltada para mulheres desenvolvedoras de jogos.

“Minha escolha por cursar Ciências da Computação aqui na Universidade Federal do Maranhão foi exatamente para aprender a parte de programação e eventualmente me inserir nesse mercado”, declarou Gabriel Drummond. De acordo com ele, o universo de jogos envolve três áreas: programação(para fazer o jogo funcionar), design e arte (que projetam e desenvolvem a arte do game) e música (responsável pela trilha sonora e efeitos especiais de áudio). No entanto, qualquer área pode se envolver, dependendo da proposta do jogo.

“Nosso jogo teve o quesito histórico por ser baseado na cultura, folclore e lendas de São Luís. Por isso precisamos de pessoas da área de história para confirmar fatos e encontrar referências, pessoas de fotografia para ajudar a trazer o mesmo sentimento da imagem do lugar real para dentro do jogo, além da turma de criação de enredo e storytelling, responsável por contar a história da melhor forma”, revela Drummond.

Definido pelos próprios criadores como um jogo de horror adventure, Marílha foi desenvolvido na competição Game JAM+ 2019 e finalista desse ano, representando o Maranhão na final da competição nacional. Para galgar esse status, os estudantes contaram com o apoio e incentivo dos professores da Universidade, como o professor de Ciências da Computação Thiago Bonini, responsável pela cadeira de jogos“Minha Vivência de jogos é muito incentivada pelos professores da UFMA com quem dividimos o laboratório, especialmente com o professor Luís Rivero, que é meu orientador, e Davi Viana, do curso de Engenharia da Computação. São dois profissionais muito interessados em criação de jogos, especialmente voltados para área de ensino. Fui muito apoiada por eles no sentido de me incentivarem a participar dos eventos e fazer contato com pessoas da área. No final das contas, é muito bom ter esse apoio e essa orientação acadêmica tão bem-alinhados”, finalizou Flávia Naoshi.

O jogo

Marílha se passa em um cenário do Centro Histórico de São Luís e trata sobre lendas e folclore maranhense. Os desenvolvedores inspiraram-se em histórias como da Ana Jansen, lenda da Serpente Encantada e alguns outros folclores populares contados pelas ruas de São Luís para desenvolver o enredo.

O game se passa em um museu localizado em um casarão colonial do centro da cidade. Na história, há uma exposição de artes regionais sendo apresentada, com uma ala dedicada a Ana Jansen, a Serpente Encantada, figuras do cancioneiro local e outros do imaginário popular ludovicense.

Marília, protagonista da saga, trabalha na cafeteria do museu e, enquanto todos se arrumam para sair do museu ao final do dia, a heroína, ocupada em seus afazeres, acaba se atrasando e de repente se vê sozinha no casarão. Ao chegar ao pórtico de saída, ela percebe que esqueceu sua chave e volta para procurá-la.

É aí que toda a ação se desenrola, e o jogo começa. A funcionária da cafeteria precisa descobrir onde esqueceu a chave. Nesse momento, estranhos eventos passam a acontecer: aparições, fantasmas e diversas situações estranhas em que ela se vê obrigada a desvendar mistérios, se livrar dos perigos e finalmente conseguir sair ilesa do casarão assombrado.

Atualmente, os desenvolvedores possuem o demo do jogo, que pode ser encontrado no link gamejolt.com/games/Marilha/430728, e seu desenvolvimento encontra-se temporariamente suspenso devido à ausência de incentivo financeiro para continuação. De qualquer forma, a equipe se encontra otimista para continuar o projeto e está à procura de parcerias.


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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Emerson Araújo
Última alteração em: 19/12/2019 15:53

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