UFMA

SÃO LUÍS – Na manhã desta quinta-feira, 5, foi realizada a abertura do I Simpósio de Biodiversidade e Conservação, no Auditório da Pós-Graduação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), evento que é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC). A mesa de abertura teve como tema o “Atual cenário da biodiversidade em áreas de transição dos biomas” e contou com a presença da professora Marina Zanin e Eduardo Bezerra, da UFMA, e Rogerio Pereira, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Apresentar, discutir e ampliar o diálogo sobre o meio ambiente e a biodiversidade existente no Maranhão para além do meio acadêmico é o objetivo a ser traçado pelo evento, segundo o coordenador do simpósio, Bruno Barreto.

“A universidade é um ambiente ideal para nós discutirmos a problemática da conversação e biodiversidade. Nossa expectativa é que o Maranhão e a UFMA se tornem uma referência nessa área, pois existe uma demanda muito grande sobre esse conhecimento aqui na região Nordeste. Por isso é importante que seja discutido dentro da Universidade”, afirmou Bruno.

O evento foi todo idealizado pelos alunos da turma de 2019 da Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação. “A ideia surgiu de uma reunião que nós tivemos com o professor Eduardo, nosso coordenador. Ele queria que nós fizéssemos algo para divulgarmos o que produzimos aqui no mestrado. Conseguimos atingir nosso objetivo, estamos muito felizes com o resultado”, comentou uma das alunas e organizadoras, Mairla Colins.

A professora e pesquisadora Marina Zanin deu início à sua apresentação com o questionamento sobre o que pode acontecer com as distribuições dos biomas quando afetados pelos impactos das mudanças climáticas futuras.

“Uma coisa importante de se entender é que as mudanças climáticas vêm causando efeitos na distribuição desses biomas do serrado e da Amazônia, ambos presentes aqui no Maranhão. A biodiversidade é o nosso bem mais valioso, e nós estamos globalmente passando por um colapso da biodiversidade. Estamos em um momento chamado de ‘a sexta extinção’ em massa, tal como a dos dinossauros. Por esse motivo, é necessário apresentar essas informações em um simpósio”, enfatizou.

O professor da Universidade Federal de Goiás Rogério Pereira trouxe informações sobre as ameaças nos danos genéticos dos anfíbios causados pelo uso de agrotóxicos. “O Maranhão é um local muito interessante, é uma conjunção de regiões, e entre elas está a área de transição do Serrado e da Amazônia, onde foi observado grande número de anfíbios como rãs, sapos e cobras-cegas que estão sendo infectadas por esses remédios, influenciando a formação correta dessas espécies”, comentou.

Fernanda Lacerda, graduada em Biologia pela Universidade Estadual do Maranhão, afirmou que pretende entrar para esse programa de Pós-Graduação da UFMA. “A ligação do tema da pós-graduação, que é biodiversidade e conservação, com o meu foco de trabalho atualmente é satisfatório. Eu estudo o resgate da fauna em relação à biodiversidade e ao meio ambiente, por esse motivo, eu desejo um dia entrar para o seletivo dessa pós-graduação aqui da Universidade Federal do Maranhão, vai ser muito importante para a minha formação”, concluiu.

O I Simpósio de Biodiversidade e Conservação vai até esta sexta-feira, 6 de dezembro, e contará ainda com palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalhos científicos, debates sobre a atualização do Código Florestal Maranhense.

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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Patrícia Carvalho
Última alteração em: 06/12/2019 17:23