UFMA

SÃO LUÍS - Teve início nessa quarta-feira, 4, o III Simpósio Interdisciplinar Internacional em Cultural e Sociedade, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult-UFMA), com o objetivo de abarcar a diversidade de trabalhos e reflexões desenvolvidas atualmente acerca da Interdisciplinaridade e suas implicações com as ciências humanas e sociais, na perspectiva em que insira a Universidade Federal do Maranhão no debate nacional e Internacional.

O representante institucional da reitoria, Arkley Bandeira, falou, em nome do reitor Natalino Salgado e do vice-reitor Marcos Fábio, da importância e relevância nas áreas de estudos, não apenas para o Maranhão, mas também para o Brasil. “Verificamos que houve muitos trabalhos inscritos de outras regiões e isso nos deixa felizes em realizar um evento dessa natureza, e essa realização só foi possível porque tivemos o apoio de todos não, justo neste momento de contingenciamento de recurso para a área de divulgação científica e de eventos. Essa iniciativa de união, força e resistência pode levar a uma diferença nesse momento que vivemos”, afirmou.

Nesta edição, foram 692 inscritos e 459 trabalhos submetidos, entre comunicações orais e propostas de mesas-redondas, para o evento que ocorre até a sexta-feira, 6. “Tivemos um diferencial neste ano. Nas três primeiras edições, tínhamos apenas três eixos: Arte, Tecnologia e Educação; Gênero, Literatura e Filosofia; e Cidades, Patrimônio Cultural e Sociedade, e agora incluímos o eixo Mídias, Linguagens, Memória e Sociedade, tendo em vista a convergência temática. Em 2015, quando ocorreu o I SIICS, tivemos a participação de 400 inscritos em média, já em 2016, na segunda edição, foram cerca de 500, e agora, em 2017, com aproximadamente 700 pessoas. É um evento que tem tido uma grande proporção, graças ao trabalho de todo os envolvidos no PGCult”, detalhou o coordenador do evento, Luciano da Silva Façanha.

O pró-reitor da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização, Fernando Carvalho Silva, enfatizou que a realização de eventos internacionais, como o SIICS, contribui para melhorar os índices de internacionalização da Universidade. “Atualmente, no item internacionalização, estamos em 89ª posição, segundo o ranking da folha, e em 51ª posição no ranking geral, porém vamos nos esforçar e trabalhar para melhorarmos a internacionalização da UFMA, para que, em breve, estejamos entre as 40 melhores universidades do país”, disse.

A terceira edição do SIICS apresenta em sua programação participações em forma de Comunicações, Minicursos, Mesas Redondas, Conferências e apresentações culturais. Todo o formato, leva em consideração os eixos temáticos dos professores participantes do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade. O III SIICS pretende vincular-se como um importante evento acadêmico da Universidade Federal do Maranhão e demonstrar sua expressividade na realidade brasileira.

“O tema Cultura e Sociedade, por si só, já é interdisciplinar e traz consigo diversas possibilidades. Pode-se falar então de diversidade, da cultura maranhense, que já é uma cultura diversa, pode-se falar ainda de gênero, da perspectiva da literatura, da filosofia, porque cada um dessas áreas tem algo a contribuir em relação a cultura e sociedade. É um tema que tem uma amplitude que o mestrado procura ter, logo, é um evento que reflete a natureza do PGCult", explicou a coordenadora do PGCult, Zilmara Carvalho.

Desde a manhã dessa quarta-feira, 4, o Centro de Ciências Humanas (CCH) esteve movimentado com a realização de minicursos e sessões de comunicação. Confira na reportagem de Jaci Fonseca, com imagens de Agda Matias e Valdo Tavares.

Para a conferência de abertura, o professor convidado foi José Maria Gonçalves, da Universidade Aberta de Portugal, que ministrou a palestra intitulada “Trabalho de campo em estudos interdisciplinares da cultura e da sociedade - desafios da hipermidialidade”.

Exposições

O evento também conta com a exposição Amazônia e suas dimensões, coordenada pela professora Larissa Menedez e Deusdédit Carneiro, como curadores e da equipe de assistente de curadoria, Dra. Ana Caroline Amorim Oliveira (PGCult), Graciela Majluf Roussel (PGCULT), Verissa Einstein Amaral (PGCULT), Jossélia Ferreira Castro (DEARTV), Ângelo de Palmar Lima Corrêa (DEARTV), Thalyane de Assunção dos Santos (DEARTV), com fotografias de Ana Caroline Amorim Oliveira, Deusdédit Carneiro Leite Filho, Larissa Menendez, Verissa Einstein Amaral, Ngruako Metuktire, Neide Kamikiawa.

Essa exposição, exibe objetos e fotografias que demonstram processos de elaboração na confecção de produções que designamos como artes indígenas. A Aesthesis é concebida como um processo sinestésico encontrado em todas as culturas, na expressão de sua criatividade, presente na linguagem, cestaria, cerâmica, música e em todos os seus fazeres. A visibilidade destas obras é fundamental para a divulgação dos saberes destas populações, durante tanto tempo violentadas com práticas genocidas e etnocidas.

A exibição das fotografias e objetos foi possível graças às comunidades indígenas envolvidas, às atividades de pesquisa do Grupo de Estudos em Memória, Arte e Etnicidade, às atividades do Projeto de Ensino: Monitoria, Pesquisa e Mediação em Fundamentos Socioantropológicos da Arte e à produção do site Visual Virtual MT, desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso e consolida-se a partir da parceria com o Centro de Pesquisa em História Natural e Arqueologia do Maranhão.

Outra exposição com destaque no III SIICS, leva o título de Uma arte além da vida, organizada por Anderson Boás. A exposição vem com um olhar subjetivo e reflexivo sobre a Arte Tumular do Cemitério de São Pantaleão. Inaugurado em 1855, o Cemitério de São José da Misericórdia posteriormente passou a se chamar Cemitério de São Pantaleão. Mas, na realidade é mais conhecido como Cemitério do Gavião, em homenagem ao bairro que está localizado: Quinta do Gavião. O Cemitério situa-se no final da Rua Rodrigues Fernandes, mais conhecida como Rua do Passeio e defronte à Praça da Saudade no Largo do Gavião.

A partir dessa concepção, a exposição vem de forma interdisciplinar dar destaque ao potencial artístico e cultural do Cemitério de São Pantaleão, destacando-o como um local de preservação e defesa da memória. Esta exposição já percorreu algumas cidades do Brasil, entre elas: Ouro Preto, Natal e Rio de Janeiro.

Clique para conferir a programação completa.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Fotos: Jurandir Borges
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Sansão Hortegal
Última alteração em: 04/12/2019 23:16