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SÃO LUÍS – Como parte da programação da III Campanha de Preservação do Acervo das Bibliotecas do Núcleo Integrado de Bibliotecas (NIB), foi realizado na manhã de hoje, 29, na Biblioteca Central da Universidade Federal do Maranhão, a mesa-redonda “Biblioteca, leitura e acessibilidade”.

A diretora do Núcleo Integrado de Bibliotecas (NIB), Maria de Fátima Costa, afirma que as bibliotecas devem ser acessíveis e inclusivas. “Resolvemos lançar a temática de acessibilidade dentro da campanha, como forma de preservar a integridade física do acervo impresso, isso significa que, qualquer marca, arranhão ou rasura no livro comprometerá a leitura pelos equipamentos que fazem as transcrições e ampliações de textos, o que inviabiliza o trabalho de tornar a informação acessível ao usuário com deficiência, sobretudo àquele com deficiência visual”, explicou.

Para a bibliotecária, documentalista do NIB e deficiente com paralisia cerebral, Joseana Lemos, sua trajetória de vida foi marcada por diversas barreiras. “As pessoas geralmente nos tratam com preconceito e discriminação, isso fica marcado em nosso psicológico. A acessibilidade atitudinal precisa ser trabalhada no ambiente de trabalho, é o primeiro passo para caminharmos para uma sociedade inclusiva”, frisou.

Já Isabel Cristina Diniz, professora do departamento de Biblioteconomia, focou durante sua apresentação na ‘acessibilidade atitudinal, uma prática necessária nas bibliotecas’ e que essa metodologia é fator determinante para os demais tipos de acessibilidade. “O bibliotecário precisa ter um olhar empático para as pessoas com deficiências. Há um grande contingente de alunos que estão presentes na escola e no ensino superior.  A biblioteca deve estar preparada com profissionais capazes de atender esses discentes”, finalizou.

A programação vai até o dia 1º de novembro e contará com exposição de obras danificadas, permutas de livros, oficinas de pequenos reparos em livros e a apresentação da tese de doutorado do bibliotecário Carlos Wellington Soares Martins, intitulada como “Há uma luta de classe nos livros: política cultural para a democratização do livro e da leitura no Brasil no contexto neoliberal”.

Para mais informações entre em contato pelos telefones 3272 - 8640 ou 3272 - 8641.

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Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Allan Potter
Última alteração em: 30/10/2019 16:56