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Pesquisadora do curso de Oceanografia da UFMA participa da Operação Antártica

Publicado em: 29/10/2019

SÃO LUÍS – A doutora e pesquisadora do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA, Cláudia Parise, participará da trigésima oitava edição da Operação Antártica (Operantar), coordenada pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar). A expedição, que é responsável por desenvolver pesquisas científicas no território do oceano antártico, terá início em 1º de novembro até o dia 1º de dezembro, e o embarque será realizado a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano H-41 (na foto em destaque).

Na Operantar deste ano serão apoiados 23 projetos científicos de diferentes áreas do conhecimento, sendo selecionados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Essas pesquisas têm como objetivo dar suporte a presença do Estado Brasileiro como Membro Consultivo do Tratado da Antártica.

No projeto Antarctic Modeling Observation System (Atmos), coordenado pelo pesquisador Luciano Pezzi, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma das atividades a serem realizadas na expedição visa analisar as interações entre os diferentes componentes do sistema climático acoplado, como o gelo marinho, o oceano, a atmosfera e as ondas no setor atlântico do Oceano Austral.

A pesquisadora Cláudia Parise comentou sobre a região e o trabalho que será feito nessa operação. “Globalmente, a Antártica é uma das regiões mais sensíveis às mudanças climáticas, onde oscilações (ondas) atmosféricas e oceânicas geradas, em resposta à variabilidade do gelo continental e marinho, têm efeitos diretos sobre o clima da América do Sul. Na Operação 38ª, além das medições dos fluxos verticais de calor e momentum entre o oceano e a atmosfera no caminho, entre a América do Sul e a Antártica, mediremos esses fluxos sobre o campo de gelo marinho Antártico, fato inédito no Brasil.”, afirmou.

Para participar dessa longa viagem, a professora lembra que é obrigatório participar do Treinamento Pré-Antártico (TPA). "Essa preparação técnica envolve a apresentação de conhecimentos teóricos e avaliações de adaptabilidade e capacidade física, a fim de qualificar os participantes para o serviço na Antártida. O TPA é feito por meio de palestras, filmes, discussões e práticas físicas, como natação, caminhada, exercício em barra fixa, manobra com bote, escada vertical flexível, que são avaliadas por militares. A pesquisadora da UFMA passou por esse treinamento no período de 4 a 11 de agosto, no Centro de Avaliação da Ilha da Marambaia (Cadim), no Rio de Janeiro", detalhou.

Sobre o Projeto Atmos

O projeto ATMOS é dividido em três linhas de pesquisa principais Observações in situ, Modelagem Regional Acoplada e Estudos Climátics (Teleconexões). Esses estudos tem por objetivo melhorar a compreensão das interações gelo marinho-atmosfera-oceano-ondas e trocas de fluxos turbulentos em suas interfaces (micro, meso e climática) no setor Atlântico do Oceano Austral; construir um sistema inovador para medidas in situ do comportamento das ondas oceânicas e dos fluxos de momentum e calor entre a atmosfera e o oceano; desenvolver um modelo regional acoplado (ondas-oceano-gelo marinho-atmosfera) para entender os mecanismos físicos que ocorrem nessas interfaces; e aprimorar nossa compreensão das associações entre jato atmosférico, trilhas de tempestades, bloqueio atmosférico no HS, sua interação com a extensão do gelo marinho no setor Atlântico do Oceano Austral e os impactos no clima da América do Sul.

Saiba +

Essa pesquisa conta com a participação da UFMA, junto com pesquisadores de diversas instituições nacionais e internacionais, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), o Scripps Institution of Oceanography (Scripps), a Universidade de Reading (Inglaterra), a Universidade de Melbourne (Austrália), a Universidade de Oxford (Inglaterra) e a Universidade de Alaska Fairbanks (Estados Unidos). A Operação também fará parte da inauguração e manutenção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).

Sobre o Programa Antártico Brasileiro

A pesquisa científica da região austral, na qual o Brasil se engajou desde o final do século XIX, é de importante para o entendimento do funcionamento do sistema Terra e essencial para a preservação da vida.

A condição do Brasil de país atlântico, situado a uma relativa proximidade da região antártica (é o sétimo país mais próximo), e as óbvias ou prováveis influências dos fenômenos naturais que lá ocorrem sobre o território nacional, já de início, justificam plenamente o histórico interesse brasileiro sobre o continente austral.

Essas circunstâncias, além de motivações estratégicas, de ordem geopolítica e econômica, foram fatores determinantes para que o País aderisse ao Tratado da Antártica, em 1975, e desse início ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar), em 1982.

A entrada do País no Sistema do Tratado da Antártica abriu à comunidade científica nacional a oportunidade de participar em atividades que, juntamente com a pesquisa do espaço e do fundo oceânico, constituem as últimas grandes fronteiras da ciência internacional.

O Programa Antártico Brasileiro estabelece como o Brasil participará das explorações científicas deste continente, em vista à sua importância para a humanidade e especialmente para o País. Tem como propósito a realização de substancial pesquisa científica na região antártica, com a finalidade de compreender os fenômenos que ali ocorrem e sua influência sobre o território nacional, contribuindo, assim, para a efetivação da presença brasileira na região.

Fonte: Ciclo Vivo


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Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Patrícia Carvalho
Última alteração em: 29/10/2019 16:01

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