UFMA

SÃO LUÍS – O Grupo de Estudos em Memória, Artes e Etnicidade do departamento de Artes Visuais da UFMA promoverá nessa sexta-feira, 30, das 14 às 17 horas, no Casarão Azul (localizado na Rua Dr. Humberto de Campos, 174, Centro Histórico de São Luís, próximo à Praça João Lisboa), uma roda de conversa com os professores Frederico Silva, Mariana Estellita e João Damasceno com o tema “Jaider Eisbell e as Artes Indígenas Contemporâneas”.

A programação do Grupo de Estudos em Memória, Artes e Etnicidade será composta por atividades relativas aos estudos de orientandos de trabalho de conclusão de curso e mestrado, além da participação de alunos envolvidos no projeto de ensino “Monitoria, pesquisa e mediação em fundamentos socioantropológicos da arte”.

Neste semestre, as leituras realizadas terão por tema a produção dos intelectuais indígenas e obras que evidenciem o pensamento dos povos originários, pautado em sua perspectiva a respeito do ambiente e das relações com a sociedade não indígena. Serão analisadas produções literárias e de artes visuais. Haverá reuniões quinzenais com discussão de obras de artistas como Gabriel Gentil, Feliciano Lana, Ailton Krenak, Amatinawa Trumai, Davi Kopenawa e Rigoberta Menchú, entre outros.

As atividades serão abertas ao público e ocorrerão às sextas-feiras, das 14 às 17h, no Casarão Azul. Para mais informações, envie um e-mail para esteticasindigenasartesvisuais@gmail.com.

Saiba +

O primeiro debate das reuniões será sobre a relação do artista Jaider Eisbell com as artes indígenas contemporâneas. Além de artista, Jaider Eisbell é um escritor e produtor cultural indígena da etnia Makuxi. Nasceu em Normandia, estado de Roraima, e viveu, até aos 18 anos, onde hoje é a Terra Indígena Raposa – Serra do Sol (TI Raposa – Serra do Sol). Antes de ser artista, habilidade descoberta na infância, Eisbell percorreu diversos caminhos, acreditando que os levariam à plena condição de manifestar suas habilidades. Deixou a casa dos pais e chegou à capital, Boa Vista, com o Ensino Médio concluído. Como todo adolescente indígena, fez contatos com pares em vilas, cidades e aldeias.

O artista colabora com obras e testemunhos de vivências coletivas com a arte indígena contemporânea realizadas em Roraima, fruto de articulação entre artistas, artesãos, lideranças, comunidades e a sociedade em geral em torno do tema. O resultado é o aquecimento da cena cultural local e, como demanda, abre seu ateliê, que denomina Galeria de Arte Indígena Contemporânea, com abertura para a coletividade e a prestação de serviços culturais, sem ser empresa ou ONG, incluindo no portfólio formação de alunos, oferecendo estágio a estudantes de artes visuais da UFRR. Destaca-se o trabalho de articulação e fazeres coletivos comunitários desenvolvidos com o povo Xirixana, habitantes da Reserva Indígena Yanomami, região de floresta amazônica, bem como diversas atividades com os povos indígenas do lavrado e das montanhas.

Para mais informações, acesse a página do artista.

 

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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Ferreira
Última alteração em: 30/08/2019 23:01