UFMA

SÃO LUÍS - Em clima de muita emoção ocorreu, na noite da sexta-feira, 21, no teatro Arthur Azevedo, a cerimônia de encerramento com a premiação dos vencedores das mostras competitivas da 42ª edição do Festival Guarnicê de Cinema. A solenidade contou com a entrega de homenagens e menções honrosas, além da entrega do Prêmio Guarnicê e dos prêmios dos patrocinadores do Festival: Prêmio Assembleia Legislativa do Maranhão; Prêmio Cia Rio; Prêmio Mystika; Premiação CTAv e o Prêmio de Aquisição Elo Company.

O homenageado da noite foi o roteirista e diretor Aly Muritiba, vencedor do prêmio Global Filmmaking do Festival Sundance em 2013 com o roteiro do longa-metragem “O Homem que Matou a Minha Amada Morta”. O seu curta-metragem “A Fábrica” foi semifinalista ao Oscar em 2013. Dirigiu alguns episódios da série “Carcereiros”, da TV Globo, e dirigiu produções renomadas, como os filmes “Ferrugem”, “Tarântula” e o documentário “A Gente”. Na ocasião, o cineasta agradeceu a homenagem e falou da sensação de receber o prêmio.

“É um momento tão difícil de produção cultural, momento difícil para produzir eventos de cinema no país, atravessamos um período bem nebuloso, não sabemos se filmes serão feitos, se eventos serão realizados. E eu gostaria de dizer que é muito louvável que um festival de cinema chegue a sua 42ª edição, principalmente em um evento realizado por uma universidade pública neste país. Quem deve ser homenageado hoje são as pessoas que realizam este festival”, declarou.

O Grande vencedor da noite foi o curta-metragem maranhense “Aquarela”, de Thiago Kistenmaker e Al Danúzio, que levou 12 prêmios; seguido de “Selvagem”, de Diego Costa; e “Menino Pássaro”, de Diogo Leite.

A diretora do Departamento de Assuntos Culturais da UFMA, Fernanda Pinheiro, falou das dificuldades enfrentadas para a realização do festival, mas que valeu a pena. “Foi muito esforço, muita luta que tivemos para realizar o Guarnicê porque não foi fácil. E, apesar de todo o cansaço, tudo o que passamos para estarmos aqui neste festival valeu muito a pena. Por todos os momentos que vivemos no festival, por todas as pessoas que participaram, pelo público presente, pela programação, pelos bate-papos calorosos entre os realizadores. E é isso que a gente quer. Juntar as forças para que trabalhem conjunto, como parceiros, para a realização dessa rede de contatos e formar trabalhos futuros, para fazer um cinema melhor”.

A reitora Nair Portela falou da importância da história do Festival, agora que foi findada mais uma edição. “Há 42 anos, a Universidade se envolve, para apresentar à nossa sociedade maranhense e brasileira um festival de extrema qualidade, realizado com imenso carinho, feito com muita competência e logicamente, fundado em muitos sonhos. Isso é muito importante para a nossa Universidade, ficamos muito felizes em contar com toda essa equipe. É uma alegria imensa que a UFMA tenha essa condição, esse respeito com a cultura brasileira e maranhense e como o cinema retrata a luta do povo, o sofrimento, a alegria e o prazer, e ficamos felizes de abordá-lo nesse espaço”, concluiu.

Houve, ainda, homenagens póstumas à realizadora Edina Fuji — homenageada na edição passada do Festival e que faleceu em maio deste ano — e ao crítico de cinema Rubens Ewald Filho, falecido no último dia 19.

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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Teatro Arthur Azevedo
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 26/06/2019 15:57