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Evento em Moçambique contou com docentes do curso de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros

Publicado em: 13/05/2019

MAPUTO – Integrando ações de pesquisas entre Moçambique e o Brasil, docentes do curso de licenciatura em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros da UFMA participaram do Seminário Estudos Africanos e Afro-Brasileiros: perspectivas interculturais emancipatórias, na Universidade Pedagógica de Maputo (UPM), em Maputo, capital de Moçambique, no continente africano.

A coordenadora da Licenciatura e integrante da comissão de organização do evento, Kátia Regis, destacou todo o empenho da UPM na realização da atividade e o acolhimento da comitiva desde a chegada a Maputo.

“Ficamos felizes com a grande participação de estudantes da UPM no seminário, e este evento consolidou o diálogo entre a universidade moçambicana e a UFMA, UFMG e a UFSCar para o intercâmbio de conhecimentos emancipatórios acerca dos Estudos Africanos e Afro-Brasileiros”, contou.

Projetos de cooperação: Brasil x Moçambique

O trabalho de campo em Moçambique de professores da UFMA oportunizou o desenvolvimento de dois projetos de cooperação internacional, financiados pela FAPEMA: “O ensino de História e Cultura Africana no Brasil e em Moçambique: formação de professores em uma perspectiva intercultural” e “Corredores de Desenvolvimento no Brasil e em Moçambique: estudo acerca das transformações no mundo do trabalho e do acesso à terra a partir da instalação do corredor de Nacala (Moçambique) e Estrada de Ferro Carajás (Brasil)”.

O primeiro projeto, coordenado pela professora Kátia Regis, pretende favorecer o adensamento teórico necessário para que o que é ensinado sobre a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no Brasil seja construído em bases sólidas da ancestralidade africana por meio do diálogo crítico com pesquisadores moçambicanos.

Já o segundo, coordenado pelo professor Sávio Dias, busca elementos comparativos entre a implantação de dois grandes projetos de desenvolvimento, tanto no Brasil, quanto em Moçambique, que são apresentados com o discurso da criação de empregos e saída de situações de pobreza nas regiões de instalação, mas que são causa de conflitos socioambientais com populações locais.

Comitiva do Maranhão

A equipe de pesquisadores do Maranhão foi composta pelos professores da UFMA Kátia Regis, Sávio Dias, Carlos Benedito da Silva, Cidinalva Neris e Pollyanna Mendonça.

A comitiva também contou com a presença das professoras Nilma Lino Gomes (UFMG), ex-Ministra da Igualdade Racial e relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola (2012), e Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (UFSCar), relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História Afro-Brasileira e Africana (2004).

Programação

Ocorrido entre os dias 6 e 8 de maio, a abertura do Seminário foi realizada pelo Vice-reitor da UPM, José Castiano. Logo após, ocorreu a mesa de abertura “Estudos Africanos e Afro-Brasileiros e a promoção da diversidade étnico-racial” com a participação da reitora da Universidade Pungue, Emília Nhalevilo, primeira mulher a ser reitora de uma universidade moçambicana; da professora Nilma Gomes (UFMG); da professora Petronilha Gonçalves e Silva (UFSCar) e da professora Kátia Regis (UFMA).

No segundo dia, foi realizada a mesa-redonda “Estudos Africanos e Afro-Brasileiros: possibilidades de uma educação emancipatória”, com a participação das professoras da UFMA Cidinalva Neris, Pollyanna Muniz e da professora da UPM Suzete Buque. Na oportunidade, foram apresentadas as ações dos Programas de Iniciação à Docência (PIBID) e Residência Pedagógica, que são desenvolvidos pela Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, em interação com as instituições da educação básica do Maranhão.

“O Pibid visa integrar a educação superior com a básica. Os bolsistas dos Estudos Africanos vêm desenvolvendo atividades no Colégio Universitário da UFMA, cujos resultados dos primeiros seis meses do projeto foram apresentados em Moçambique. O nosso objetivo tem sido problematizar o ensino de História de viés eurocêntrico e inserir a História da África cada vez mais no cotidiano dos alunos da educação básica”, explicou Pollyanna, coordenadora do Pibid.

Para a professora Cidinalva Neris, a Residência Pedagógica traz para os Estudos Africanos e Afro-brasileiros uma experiência significativa. “Ela proporciona que os discentes inseridos no projeto contribuam na construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, assim como para a valorização da diversidade de saberes e vivências culturais, apropriando-se dos conhecimentos e experiências que lhes possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho, fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”, frisou.

Durante a programação, foram realizadas as palestras “O movimento negro na construção das africanidades brasileiras”, ministrada pelas professoras Nilma e Petronilha, e “Território, conflitos e movimentos sociais: entre a globalização e a luta por territórios autônomos no Maranhão”, pelo professor Sávio Dias.

A professora Nilma Gomes aproveitou a oportunidade para lançar seu livro intitulado “O movimento negro educador’’.


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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Ascom
Última alteração em: 14/05/2019 10:05

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