UFMA

SÃO LUÍS – Na contemporaneidade, reflexões acerca do papel feminino, suas lutas e vitórias na busca da igualdade de gênero crescem a cada dia. Nesta quinta, 28, no Auditório Sérgio Ferretti, a UFMA, por meio do Serviço de Apoio Psicopedagógico (SAPsi-Proaes), foi protagonista na temática e realizou a palestra “Papel da Formação Acadêmica na Construção da Identidade da Mulher”.

Com o questionamento “O que é ser mulher na sociedade brasileira?”, a palestrante Maria Mary Ferreira, do departamento de Biblioteconomia e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, iniciou sua fala, apresentando dados e indicadores que mostram as relações de gênero desiguais que permanecem na sociedade.

“A universidade é um centro formador, que enfatiza o ensino, a pesquisa e extensão, pois é aqui que começamos a construir uma formação política mais orgânica, consolidando o conhecimento e compreendendo a UFMA como ambiente de discussão, que busca suscitar debates como, por exemplo, violência contra a mulher, a falta de poder das mulheres nos espaços de decisão e como as mulheres permanecem, ainda,  ganhando menos que os homens com a mesma formação educacional e nos mesmos cargos”, destacou.

Segundo ela, a universidade é o lugar para refletir sobre esses indicadores e para explicar os motivos da sua permanência ao longo do tempo, formando a comunidade universitária para socializar o conhecimento, pois à medida que é socializado, há uma contribuição para a consolidação de uma sociedade melhor.

Sobre o papel da academia na construção da identidade da mulher, tema da palestra, Mary Ferreira ressaltou que as universidades têm um papel fundamental nesse processo de formação política do indivíduo.

“É a formação política que dá ao indivíduo condição de ‘ser sujeito’, aquele capaz intelectual e socialmente de pensar e transformar sua realidade. Em uma sociedade profundamente desigual, é baseado no conhecimento construído nas instituições de ensino superior, que auxiliamos os indivíduos a refletir e buscar processos de transformação”, disse.

Para a estudante do curso de Psicologia Ana Gabriele, essa discussão é necessária dentro do ambiente acadêmico.

“A partir do momento que temos essa oportunidade na Universidade, podemos expandir discussões e novos olhares, não somente para o mundo feminino, mas para toda a comunidade acadêmica, para que, assim, possamos ter uma noção de como essas desigualdades afetam nossas relações pessoais e profissionais, além de reunir forças para continuarmos crescendo na garantia de direitos de gênero”, contou.

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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Maiara Pacheco
Última alteração em: 28/03/2019 17:17