UFMA

SÃO LUÍS – Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, tornou-se, com o passar do tempo, uma data de referência na luta pela igualdade de gênero e no combate à violência contra as mulheres.

Desde que essa data foi instituída, muito foi conquistado por elas. Cargos nos poderes executivo, legislativo e judiciário, profissões antes desempenhadas apenas por homens, e reconhecimento nas mais diversas áreas do conhecimento são algumas das vitórias alcançadas. No entanto existem problemas que ainda não foram superados como a disparidade de salários em relação aos homens, altas taxas de estupro e feminicídio e inúmeros casos de assédio moral e sexual.

Mas o espaço das mulheres tem sido alcançado aos poucos, e a luta por direitos continua, assim como na gestão da primeira reitora em mais de cinquenta anos de história da Instituição.

Com uma família numerosa de oito irmãos, sendo seis mulheres e dois homens, a reitora Nair Portela, relembrando sua trajetória, frisou que não enfrentou discriminação em sua casa ou nos primeiros anos de escola, mas que se deparou com desigualdades — ainda existentes — no mercado de trabalho, na carreira na enfermagem.

“Como eu sou enfermeira, algumas questões no trabalho que fazem parte do contingente feminino é que muitas vezes as mulheres sofrem discriminação, o salário é menor pela carga horária de trabalho e não há a compreensão do trabalho feminino. E, apesar de a categoria da enfermagem ser predominantemente feminina, ainda existem algumas restrições pela questão de gênero. Mas nós temos avançado bastante, mas ainda temos muito a conquistar”, afirma.

Para ela, a palavra-chave é respeito: “Os direitos das mulheres de serem respeitadas é algo que precisa ser sentido por todas. A aluna sendo respeitada pelo colega e o professor na sala de aula, servidoras e docentes sendo respeitadas por seus colegas na Universidade. Essa é uma luta universal, garantindo todo um direito que é do cidadão, o direito do ser humano, de ser respeitado, de ser ouvido, de ir e vir, de se manifestar, com liberdade para agir de acordo com o que ela quer ser”.

O espaço delas  

Atualmente, na UFMA, das sete pró-reitorias, quatro estão sob gestão de mulheres, além de serem maioria nas diretorias de centro, coordenadoria de cursos e chefias de departamentos. A reitora também reiterou programas desenvolvidos na Universidade com o desenvolvimento de políticas voltadas para as mulheres. Um deles é o lançamento da campanha contra o feminicídio em evento realizado nesta sexta, 8, no Palacete Gentil Braga, que ocorre em parceria com instituições ligadas às causas femininas.

“A UFMA tem essa política social de respeito às mulheres. Com o nosso papel de formador e de pesquisador, a Universidade tem contribuído com muitos estudos em relação à mulher no mercado de trabalho e ao enfrentamento de dificuldades no cotidiano, seja ela da zona rural, urbana, seja ela quilombola ou indígena”, informou.

Luta e confiança em dias melhores

A mensagem da reitora para este 8 de março é a de acreditar em um futuro melhor. “O importante é acreditar que haverá dias melhores para a nossa população feminina do Brasil e do mundo. Que sejamos respeitadas, que tenhamos a garantia de exercer a nossa cidadania, produzindo e trabalhando com tranquilidade para que os números de violência contra a mulher não sejam apenas reduzidos, mas eliminados. A nossa mensagem hoje é de luta e confiança por dias melhores e que essa compreensão do ser mulher atinja a todos”, finalizou.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 11/03/2019 15:53