UFMA

SÃO LUÍS – Estimativas da Organização Mundial de Saúde indicam que o Brasil é o país com a maior taxa mundial de pessoas com ansiedade. Como forma de abordar as complicações dessa doença no ambiente acadêmico e na vida em geral, os alunos da disciplina de Rádio e TV na Web do curso de Comunicação Social da UFMA desenvolveram, como produto final, um trabalho que consistiu na criação de produtos audiovisuais sobre determinado tema, considerando os aprendizados teóricos e práticos apreendidos durante as aulas.

De acordo com a professora que ministra a disciplina, Patrícia Rakel de Castro Sena, todo o desenvolvimento do produto ocorreu em três fases: a primeira foi a etapa teórica reflexiva, com o estudo sobre a cibercultura e a relação do homem com as máquinas; na segunda etapa, ocorreram debates por meio de seminários; e a última foi o desenvolvimento de um produto próprio para a internet com a ansiedade como tema, com conteúdo que variasse entre 30 segundos e dois minutos, com características comuns da linguagem do áudio e do vídeo na web como hipertexto e personalização do conteúdo.

E o tema não foi escolhido à toa. A docente afirma que o conhecimento técnico aliado à perspectiva social ampliará a visão desses futuros profissionais. “A disciplina Rádio e TV na Web é muito técnica e voltada para questões técnicas da formação do aluno. Então eu agreguei o que eu chamo de moeda social, que é a união entre as necessidades de aprendizagem tecnicista sem deixar a perspectiva social. A ansiedade foi um tema que precisava ser tocado porque é um comportamento que percebemos em muitos jovens e adolescentes. Eles não falam diretamente para o professor, mas eles se manifestam de forma ansiosa na sala de aula, como em provas e apresentações de trabalhos”, destacou a docente.

Perspectiva dos alunos

O aluno de Rádio e TV Joseph Jhemyson apontou que uma das maiores dificuldades em desenvolver o trabalho foi na forma de abordar um tema tão delicado: “Debatemos muito porque o complicado de tratar um tema como esse é que precisávamos ter o cuidado de não romantizá-lo e nem tratá-lo com descaso. Não queríamos que funcionasse como uma espécie de gatilho para a ansiedade de quem for assistir, independentemente se ela tiver ansiedade ou não. Então nós optamos por escolher um recurso que esboçasse as nossas ideias de uma forma dinâmica, mas sem eufemizar”.

Quanto à produção do vídeo, foram realizadas pesquisas que indicaram a classificação geral de dois tipos de ansiedade: a adaptativa e a psicológica. “A adaptativa é o nervosismo do cotidiano, diante de uma situação nova, e a outra é uma ansiedade mais ligada ao psicológico. Nós ilustramos no vídeo as diversas formas de ansiedade, como ela acontece, quais são os sintomas e as formas de tratamento”, pontuou.

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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 07/03/2019 14:40