UFMA

SÃO LUÍS – Nesta quarta-feira, 27, em que se comemora o Dia Nacional do Livro Didático, o debate sobre a sua importância e o seu espaço na sala de aula em meio às tecnologias tende a se reacender. Muitos professores defendem a sua permanência no dia a dia dos alunos por ser elemento essencial no ensino. No entanto o conhecimento não precisa ficar estritamente ligado a ele, podendo ser complementado por recursos tecnológicos.

Uma dessas professoras é Michelle Ramos Prazeres Mendonça, que leciona as disciplinas Ciências e Geografia no ensino fundamental do Colégio Universitário da UFMA (Colun). Ela afirma que o livro didático é importante porque torna democrático o acesso ao conhecimento de todos os alunos na instituição.

“Eu vejo o livro didático como um instrumento fundamental tendo em vista o seguinte: nós temos uma sala heterogênea, e os alunos que entram na escola pelo seletivo são oriundos de vários lugares, como escolas comunitárias, públicas e privadas. Então, se você tem um aluno que não tem uma internet em casa, não tem acesso a outros meios de comunicação, aquele livro na casa dele vai favorecer a sua leitura. E o livro didático hoje é bem mais rico, traz análises críticas e, com as análises do professor, há uma conversa entre si”, destaca.

 O uso do livro didático na sala de aula, no entanto, não anula a utilização de outros métodos e recursos que fortaleçam a aprendizagem dos alunos. Os assuntos presentes no livro são constantemente abordados por outros meios e de outras formas durante as aulas da professora Michelle.

“Minhas aulas eu não inicio imediatamente com o livro didático. Geralmente eu faço uma abordagem, um levantamento do conhecimento prévio do aluno. Um exemplo disso é durante uma aula sobre o sistema solar. Eu não apenas abro o livro e comento aquilo, mas eu tento despertar a curiosidade. Logo depois, começa a aula expositiva e dialogada, e, após essa colocação, abrimos o livro e vemos o que ele nos conta sobre o assunto. Paralelo ao uso do livro, utilizamos outros recursos complementares também como a exibição de vídeos”, pontua.

A necessidade de adaptação

Apesar de serem diversos os meios para ensinar os estudantes, o livro didático continua sendo o ponto de partida para todas as outras formas de aprendizagem. Ainda assim, a integração entre essas duas formas de ensino torna efetiva a apreensão dos alunos sobre o assunto aplicado. É o que afirma o coordenador do Ensino Fundamental e professor de Arte do Colun, Marcone Antônio Dutra.

“Alguns livros didáticos hoje já vêm com links recomendados para os alunos fazerem a pesquisa utilizando a tecnologia da informação. E os próprios professores já utilizam outros meios como o uso de slides montados com imagens que às vezes não estão nos livros. Esse casamento entre os livros didáticos e a internet é quase impossível não trabalharmos, porque há uma existência da própria forma como o livro é elaborado, e nele já há a sugestão de textos, filmes e vídeos”, pontua.

O professor também expõe outro meio que auxilia na aprendizagem: os livros paradidáticos. “Os livros paradidáticos são as leituras paralelas de língua estrangeira e portuguesa recomendados pelas professoras. Um exemplo disso é o livro O Pequeno Príncipe, que é um livro voltado para a literatura. Quantos os alunos se matriculam, esses livros já vão sendo indicados para a leitura durante o ano”, comentou.

O aluno Anderson Vítor, do sétimo ano do ensino fundamental do Colun, reforça a importância do livro didático nas aulas: “Os livros são importantes porque eles ensinam os assuntos nos mínimos detalhes, e a gente compreende muito mais. E os professores ajudam bastante no aprendizado”.

Gabriel Lucas Nascimento, do oitavo ano, também destacou a importância dos livros didáticos: “Os livros nos informam mais sobre o que há no mundo, ensinando mais daquilo que a gente ainda não sabe”.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 27/02/2019 14:50