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Bibliotecas acessíveis para pessoas com deficiência no ensino superior é tese de doutorado

Publicado em: 26/02/2019

AVEIRO – O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), por meio do Censo da Educação Superior, divulgou, em 2016, os dados sobre o acesso de pessoas com deficiência ao ensino superior: entre os anos de 2004 e 2014, as matrículas aumentaram 518,66% em todo o Brasil. No entanto o número ainda é baixo, uma vez que representa apenas 0,42% dos alunos em Instituições de Ensino Superior no Brasil. Para os que já conseguiram entrar, é necessário o desenvolvimento de ações específicas que potencializem não apenas a permanência desses estudantes, mas a conclusão do curso.

Entender de que forma a biblioteca universitária pode desenvolver a inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior foi o objeto da tese de doutorado de Isabel Cristina dos Santos Diniz, docente do Departamento de Biblioteconomia da UFMA, pela linha de pesquisa em “Multimédia e Comunicação” na Universidade de Aveiro em Portugal.

O objetivo é compreender as ações desenvolvidas por bibliotecas universitárias considerando a implementação e o uso de produtos de apoio e/ou tecnologias assistivas e discutir suas contribuições para a entrada, permanência e conclusão dos percursos formativos dos estudantes com deficiência no contexto das universidades tanto brasileiras quanto portuguesas. Ao todo, foram enviados questionários para diretores de 87 universidades, sendo 54 brasileiras e 22 portuguesas.

Para diminuir barreiras

Para a docente, o principal desafio no processo de inclusão e acessibilidade nas bibliotecas universitárias está em multiplicar o número de bibliotecas inclusivas e, ao mesmo tempo, mudar a mente das pessoas em todo o contexto universitário. “Nesse sentido, o bibliotecário ainda em formação necessita vivenciar propostas e práticas de utilização de diferentes tecnologias assistivas para poder compreender como elas fazem a diferença no processo de ensino e aprendizagem, bem como no processo de acesso e uso da informação para os estudantes do ensino superior com deficiência”.

Ela também afirma que outra maneira de potencializar a acessibilidade nas bibliotecas universitárias seria uma busca por parcerias e setores privados ou de capital misto que tenham interesse em investir em projetos de inclusão de estudantes com deficiência facilitando o acesso e uso da informação.

Agindo dessa forma, a biblioteca universitária estará acompanhando e participando das mudanças sociais, além disso estará concretizando sua função social quando disponibiliza bibliotecários que medeiam e facilitam a socialização do acervo acessível para os usuários com deficiência. Por isso é indispensável que os serviços prestados por esses profissionais atinjam também os usuários com deficiência, atribuindo-se a eles o papel de auxiliador e de mediador do acesso à informação, resultando em efeitos de inclusão, acessibilidade e interação social, especificamente, para os usuários com deficiência”, afirma a docente.

Os resultados

Com base na pesquisa realizada, concluiu-se que as bibliotecas brasileiras e portuguesas (com algumas exceções), apresentam problemas de acessibilidade arquitetônica, comunicacional, metodológica, programática e atitudinal. Problemas relacionados à estrutura dos câmpus, à estrutura arquitetônica no entorno da biblioteca universitária, à carência de parcerias entre núcleos e gabinetes de apoio ao estudante com deficiência além do regulamento de muitas bibliotecas, que não prevê que os produtos ou serviços disponibilizados ofereçam condições de acesso e uso à informação para o estudante com deficiência.

O desenvolvimento da tese teve orientação científica das docentes Ana Margarida Almeida, professora auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro; Cassia Cordeiro Furtado, professora associada do Departamento de Biblioteconomia e de Pós-Graduação em Design da Universidade Federal do Maranhão.


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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 27/02/2019 11:22

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