UFMA

VIENA, ÁUSTRIA – A professora Mônica Tereza Sousa, docente vinculada à UFMA, foi uma das cem pessoas a ganhar uma bolsa de financiamento integral para participar dos grupos de discussão da segunda edição da Conference on Higher Education Law and the Management of Sciences, evento sobre educação superior que ocorrerá em março, em Viena, capital da Áustria.

Doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mônica Sousa leciona nos cursos de Mestrado Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (PGCult) e Mestrado em Direito e Instituições do Sistema de Justiça (PPGDir). Atualmente, a docente está como professora visitante na Universidade de Valência, na Espanha, para o seu pós-doutorado.

Na Conferência, restrita a professores, serão apresentadas propostas de docentes de universidades europeias e institutos de pesquisa para, entre outras coisas, criar redes de discussão sobre o ensino superior ao redor do mundo. A Assessoria de Comunicação da UFMA conversou com a professora sobre este momento da sua carreira.

Ascom UFMA: De que forma a UFMA ajudou no seu processo de pesquisa e experiência como docente?

Mônica Sousa: Neste momento, estou em afastamento remunerado pela UFMA. Essa oportunidade é umas das minhas realizações enquanto pesquisadora na Universidade. Não fosse a concessão do afastamento, eu não poderia estar aqui. A UFMA, ao longo de dez anos de trabalho, me proporcionou muitas coisas: desde ter contato com a pós-graduação stricto sensu como docente, até o alargamento das pesquisas do Núcleo de Estudos em Direito Internacional e Desenvolvimento-Nedid, sob minha coordenação.

Já tive pesquisas do Nedid premiadas no Semic. Já tive excelentes alunos — bolsistas do Pibic e não bolsistas — que são hoje excelentes profissionais formados pela UFMA. Tive a oportunidade de coordenar o Pibic-UFMA, talvez a minha melhor experiência na universidade em termos de crescimento profissional, sem falar que, ao lidar com as dificuldades e barreiras que enfrentamos nas IES públicas, aprendemos a valorizar cada conquista, a vitória de cada aluno, cada reconhecimento de nosso trabalho.

Nesse sentido, ser docente na UFMA me possibilita publicizar o conhecimento, por meio dos eventos e do intercâmbio docente, por exemplo. O que mais aprendi como professora da instituição é que o esforço é contínuo e diário, que “a vida é combate", como diz o poema, mas que os discentes da UFMA merecem esse nosso esforço. A universidade merece crescer e ser reconhecida como centro de ensino e pesquisa de excelência.

ASCOM: O que você pretende abordar nas discussões que levará à Conferência em Viena e o que espera colher dessa vivência?

MS: Minha participação se dará como assistente. Ao tomar parte nos grupos de discussão, meus objetivos principais são: aprender com base nas experiências de sucesso das grandes universidades europeias; expor algumas de nossas dificuldades no ensino superior; trocar experiências com professores e pesquisadores que eventualmente tenham passado por situações semelhantes; e abordar a necessidade de publicizar cada vez mais o conhecimento adquirido e formado na universidade, a fim de que a sociedade realmente sinta a necessidade de se investir na pesquisa, no ensino e na extensão, pois colhe os frutos desse investimento.

Também gostaria de levar, dessa Conferência e das universidades europeias de maneira geral, essa valorização do docente. Precisamos resgatar a importância vital que tem um professor no projeto de desenvolvimento de seu país, inclusive permitindo a ele participar diretamente das discussões e propostas para o ensino, exatamente o que vai acontecer nessa Conferência.

Ascom: De que forma essa oportunidade de estar participando de discussões num evento internacional pode ajudar na visibilidade da UFMA fora do país?

MS: Em primeiro lugar, já nesse processo de seleção das bolsas, houve o reconhecimento de um pesquisador de fora das redes europeias de ensino e pesquisa, pois muito embora eu esteja ligada à Universidade de Valência no momento, minha primeira vinculação é com a UFMA. A aproximação com professores e pesquisadores de outras instituições de ensino superior leva a eles o conhecimento da existência da UFMA. Então, ser professora desta universidade e ter sido selecionada para participar dessas discussões que envolvem, como já dito, grandes universidades europeias, acaba por fazer com que se ouça falar da UFMA muito além das fronteiras nacionais, o que é muito importante.

Ascom: Como você se sente sendo uma entre os professores a ter conseguido a bolsa de financiamento para participar do evento?

MS: Muito feliz. Muito mesmo. Primeiro porque a seleção se deu por currículo e demonstração de interesse nas discussões sobre o ensino superior, então nada melhor e mais gratificante para um professor/pesquisador do que ver seu trabalho reconhecido internacionalmente. Segundo, porque é uma oportunidade única, eis que dificilmente poderei participar da próxima conferência.

Claro que há um sentimento de orgulho do reconhecimento de seu trabalho por parte de terceiros, principalmente em tão alta escala. Então essa escolha impessoal e baseada no mérito acadêmico me deixou muito feliz. Esse reconhecimento vai além daquele que importa, que são os meus alunos da UFMA, porque é para eles e por eles que a melhor parte do meu trabalho é feita, na sala de aula, minha grande paixão e meu maior aprendizado.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Gizele Monteiro
Última alteração em: 06/02/2019 15:13