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As Tinturas de Quebra-pedra, Cana-do-brejo e Carrapicho de carneiro (foto) possuem uma característica em comum: são direcionadas para o tratamento de problemas renais. As ações terapêuticas da Quebra-pedra são muito conhecidas pela população. O chá da planta é freqüentemente usado para a diluição de pedras nos rins. No entanto, para reduzir a perda do princípio ativo causado pela fervura, a coordenadora do Herbário, Terezinha Rêgo, desenvolveu a Tintura de Quebra-pedra, que conserva o princípio ativo da planta por até um ano. O medicamento é feito com todos os componentes da planta, da raiz às folhas, e também é indicado para o tratamento de cálculos renais, além de aumentar o fluxo de urina (diurético).

Segundo Terezinha Rêgo, a Tintura de Cana-do-brejo é muito utilizada em casos de incontinência urinária, mas não é tão eficaz na diluição de pedras nos rins. A Tintura de Carrapicho de Carneiro possui a mesma indicação, mas é recomendada, principalmente, para o tratamento de incontinência em idosos ou em pessoas que fizeram cirurgia de próstata.

Na medicina popular, também se utilizam outras plantas para tratamento de problemas nos rins. As folhas e o caroço raspado do abacate, a chanana, o pariri e a carambola são exemplos. Porém, nem todos possuem efeito curativo comprovado. “Estudos publicados recentemente, discordam dos princípios diuréticos da carambola. Estamos analisando isto a fim de atualizar o conhecimento popular”, explica Terezinha.

A farmacêutica adverte sobre os perigos da automedicação. “Os fitoterápicos também podem causar efeitos colaterais, estes são menos agressivos que os dos medicamentos alopáticos, mas é preciso lembrar que os remédios naturais também possuem componentes químicos”, adverte Terezinha. De acordo com ela, nunca houve relatos, no Herbário, de efeitos colaterais causados pelas Tinturas de Quebra-pedra, Cana-do-brejo e Carrapicho de carneiro. “Nenhum medicamento deve ser utilizado sem acompanhamento médico”, ressalta.