UFMA

SÃO LUÍS - "Mais do que a permanência na Universidade, buscamos espaço de visibilidade, respeito, inclusão e identificação social." A afirmativa corresponde aos anseios levantados pelos estudantes presentes na primeira Roda de Conversa com alunos assistidos pelo Programa Bolsa Permanência MEC – Indígena e Quilombola. O evento, organizado pela Pró-reitoria de Assistência Estudantil, por meio da Divisão de Ações Afirmativas e Equidade, foi realizado na quinta, 13, no auditório José de Ribamar Caldeira (CCH).

Com a temática "Presença e Permanência de indígenas e quilombolas no ensino superior", a roda de conversa foi mediada pelo professor Ramon Luís de Santana Alcântara, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e teve por objetivo principal discutir ações de permanência na Universidade e visibilidade dentro dos espaços da UFMA, bem como viabilizar um canal de comunicação direta com o público-alvo para compreender melhor suas demandas enquanto coletividade.

"Buscamos aproximar os estudantes que são alcançados pelo Programa, com o intuito de fortalecê-los dentro da Universidade, oferecendo uma melhor estrutura — física, psicológica e social — pensando o coletivo numa perspectiva interétnica", frisou Ramon.

Os estudantes expressam o mesmo sentimento quanto aos obstáculos culturais, isolamentos sociais e quanto às carências acumuladas desde o ensino médio, que ameaçam seus sonhos do diploma, como o custo de vida, por exemplo.

"O evento foi motivado por pedidos dos alunos que solicitaram um encontro no qual pudessem expor suas dificuldades, barreiras e resistências vividas no ambiente universitário, almejando soluções e conforto na identificação do outro”, contou a diretora da Divisão de Ações Afirmativas e Equidade, Fabianne Gomes.

Segundo ela, o Programa Bolsa Permanência MEC – Indígena e Quilombola na UFMA atende a 83 estudantes de todos os câmpus, sendo vinte na Cidade Universitária Dom Delgado.

“Esta modalidade de assistência garante a esses estudantes permanência qualificada nos cursos de graduação porque a maioria não tem família em São Luís”, completou.

Para o estudante indígena Inaw’y Pompeu, do 7º período do curso de Direito, o evento trouxe uma relação de fortalecimento entre os estudantes indígenas e quilombolas matriculados na UFMA. “O objetivo de pensar e aproximar as diferenças provoca um sentimento de coletividade e apoio emocional, potencializando as lutas em prol das garantias de direitos inclusivos da cidadania e da diversidade”, enfatizou.

 

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Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Maiara Pacheco
Última alteração em: 17/12/2018 16:27