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Inclusão no Ensino Superior é tema de mesa-redonda no VIII Encontro de Educadores da UFMA

Publicado em: 06/12/2018

SÃO LUÍS – Em continuidade ao VIII Encontro de Educadores – Pesquisas e Experiências, que teve início no dia 4, foi realizada, nessa quarta-feira, 5, a mesa-redonda “O Contexto da Inclusão na Educação Superior”, com a participação das professoras Maria da Piedade Oliveira, Kaciana Nascimento e Thelma Helena Chahini, que discutiram a problemática no âmbito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Com o tema “Educação brasileira em movimento: inflexões e resistências”, o encontro é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação e tem por objetivo promover espaços de reflexão sobre a educação, considerando a realidade da América Latina, particularmente, o Brasil, tendo por foco de análise as atuais demandas políticas, que se multiplicam na educação brasileira e na sociedade, em efervescência com os movimentos de resistência por direito à educação e justiça social.

Durante a discussão suscitada pela mesa-redonda, a professora Kaciana Nascimento falou da experiência com o projeto “Sentidos”, realizado pela Comissão Setorial de Acessibilidade do Centro de Ciências Sociais com o objetivo de promover atividades que pudessem oferecer a experiência do que é ser deficiente às pessoas que frequentam o Centro. A comissão tem conseguido, por meio do diálogo, identificar pontos críticos e sugerir medidas para melhorar sua vivência no prédio, mas a professora adverte que ainda há muito a fazer.

“Há a necessidade que ocorra uma transformação profunda no que se refere ao atendimento do público-alvo da educação especial do ensino superior. Percebe-se que, apesar dos serviços e ações realizados, ainda há muito o que fazer para que se tenha uma universidade verdadeiramente inclusiva”, citou Kaciana.

A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFMA, professora Maria da Piedade Oliveira, afirmou que o cuidado com esses alunos deve se estender para além do acesso. “A Universidade deve estar atenta ainda com a permanência e, principalmente, com a saída desses alunos, no sentido de que devemos proporcionar a eles todas as condições para que venham a ser excelentes profissionais. Como garantir isso? A resposta para essa pergunta estamos construindo semestre após semestre à medida que vamos nos aperfeiçoando”, destacou.

Para Thelma Chahini, a conclusão é clara: “Após todas essas reflexões, fica evidente que nós precisamos suplantar as barreiras atitudinais, ou seja, atitudes que se baseiam em preconceitos, estereótipos que produzem a discriminação, principalmente dos docentes, no contexto da educação superior. A equipe da Universidade é responsável tanto pelo alunado da educação especial quanto da educação inclusiva”, avaliou.

O processo de Inclusão na UFMA

A Universidade Federal do Maranhão está inserida no viés da educação especial desde 2009, com a aprovação da Resolução 121, que criou o Núcleo de Acessibilidade da instituição. O contexto de criação se deu pelo ingresso de estudantes, na Universidade, com deficiência, gerando uma demanda cada vez maior por um tratamento especial e sistemático.

Nessa época, o ingresso dos alunos ainda se dava por meio do vestibular tradicional. O primeiro atendimento a discente com alguma deficiência se deu no Curso de Comunicação Social, com um aluno cego. A professora Piedade Oliveira recorda que, àquela época, a realização do vestibular demorou cerca de sete horas.

“Vivíamos um tempo em que as informações sobre o resultado do vestibular eram veiculadas pelo rádio. Na ocasião, por conta da realização da prova com o candidato cego, o resultado do gabarito levou horas para ser divulgado, e as pessoas já estavam aflitas querendo saber o porquê do atraso. Isso demonstra que trabalhar com os alunos que possuem alguma deficiência requer muita atenção”, frisou.

Já em 2015, o Núcleo passou a trabalhar em parceria com a Pró-reitoria de Ensino (Proen), atuando na identificação dos ingressantes e dando suporte para a comunidade acadêmica a fim de garantir uma melhor recepção a eles. Os dados indicam um aumento considerável do alunado da educação especial, que chega a aproximadamente 300 estudantes.

Atualmente, o Núcleo de Acessibilidade da UFMA tem um quadro de 22 funcionários, que atuam no câmpus do Bacanga, entre eles assistente social, psicóloga, transcritor de braile, intérprete de libras, auxiliar administrativo e técnico em assuntos educacionais (TAE).

Entre as deficiências atendidas, estão: deficiência física, auditiva, intelectual, visual, neurológica, transtorno do espectro autista (TEA) e múltiplas deficiências. Até 2018.1, segundo o núcleo, 15 alunos com esse perfil conseguiram obter o grau no ensino superior: Centro de Ciências Humanas (4), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (1) e Centro de Ciências Sociais (10).

 


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Produção: Géssica dos Anjos
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Marcus Elicius
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Suellen Sullivan
Última alteração em: 07/12/2018 14:23

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