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SÃO LUÍS - Teve início na manhã desta quinta, 22, as atividades do III Simpósio Internacional de HPV e Tumores e o III Workshop do Biobanco de Tumores e DNA. O evento, sediado no Centro de Convenções da Universidade, promove, até o dia 24 de novembro, discussões sobre pesquisas locais e do exterior sobre novas medidas para o combate e a investigação de tumores causados pelo Papilomavírus Humano (HPV). O evento é realizado pelo Biobanco de Tumores e DNA do Maranhão, junto com o Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto (PPGSAD).

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Luciane Silva Brito, coordenadora do Banco de Tumores do Maranhão, apresentou a palestra “A importância dos Biobancos no futuro da Ciência” no início do evento. A docente discorreu sobre a atuação de biobancos no Maranhão e no resto do país, bem como explicou a diferença entre Biobancos e Biorrepositórios. A diferença é que o conteúdo armazenado no segundo pode ser mantido por dez anos sob a tutela de um pesquisador, enquanto o primeiro pode armazenar material por tempo indeterminado, sendo responsabilidade da instituição manter esse material. O Banco de Tumores do Maranhão é categorizado como ambas as modalidades, atuando em três tipos de pesquisa: básica, clínica e translacional.

“Nós olhamos para o futuro. Por meio das pesquisas realizadas no Banco de Tumores, nós podemos influenciar novos estudos que vão nos ajudar a diagnosticar e tratar casos de câncer de forma ainda mais eficiente”, pontuou Luciane, enfatizando o pioneirismo do Banco de Tumores do Maranhão na região Nordeste.

Internacionalização

Rui Miguel, professor do Instituto FRD Hutchinson (Seattle, EUA), esteve presente durante a culminância do primeiro dia do evento e ministrou duas palestras sobre uma nova forma de terapia para tratar o câncer de bexiga e apresentou um novo modelo animal de estudo de câncer de pênis. Segundo o docente, a maior incidência de câncer de pênis é no estado do Maranhão — provavelmente, a mais elevada do mundo. “Estivemos desenvolvendo esse modelo, o primeiro do mundo para testes, em parceria com a UFMA e várias instituições portuguesas, finalizando o trabalho agora nos Estados Unidos. Isso é necessário, pois não existe nenhum modelo para realizar o teste de novas terapias e fármacos, e isso atrasa novas iniciativas. Portanto essa é a nossa principal colaboração”, comentou.

A reitora Nair Portela vê a iniciativa como fundamental para a discussão da saúde pública no país. “O evento aborda questões e experiências de professores e pesquisadores internacionais, transformando-o num campo aberto para a pesquisa e a investigação. A comunidade acadêmica só tem a ganhar com as apresentações de trabalhos e resultados, independentemente da área que forem seguir: seja na academia ou no mercado de trabalho”, disse.

O evento segue até o dia 24 de novembro. Confira aqui a programação completa.

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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Luciano Santos
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Rodrigo Bomfim
Última alteração em: 23/11/2018 11:05