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SÃO LUÍS – Com o tema “Qualidade de vida do estudante no tocante às questões da saúde física e mental: uma discussão interdisciplinar”, uma mesa de diálogo compôs a programação da manhã do último dia do II Ciclo de Debates sobre Saúde Mental no Ensino Superior do Maranhão. Entre os ministrantes convidados, estiveram a professora Deysianne Chagas, do curso de Nutrição; o professor Frederico Fernandes, do curso de Odontologia; e a professora Maria do Carmo Barbosa Lacerda, do curso de Medicina.

Acompanhando o assunto principal que norteia esta edição do Ciclo de Debates, “Universo Acadêmico e Qualidade de Vida”, os professores apresentaram as várias problemáticas presentes na vida dos estudantes, a partir do ponto de vista da sua formação específica, e também deram sugestões de propostas de intervenção no cotidiano dos acadêmicos. A professora do curso de Medicina Maria do Carmo Barbosa Lacerda, em sua exposição, argumentou que a falta de autoconhecimento dos estudantes é um ponto importante para se refletir quando o assunto é saúde mental. Entre outros agentes circunstanciais que influem no desenvolvimento de doenças mentais, estão a genética, condições de vida, de trabalho e socioeconômicas.

Compondo alguns fatores de risco, estão o distanciamento da família, no caso de alguns universitários; professores com posturas inadequadas; a pressão da família; e a preocupação com o mercado de trabalho. Maria do Carmo dá propostas para este cenário. “Podem-se elaborar seminários de capacitação de docentes, para que estes se sensibilizem e consigam lidar melhor com os alunos; realizar atividades culturais e esportivas; acolher e aproximar a gestão do curso com a família. Precisamos conhecer o nosso aluno e identificar aqueles mais propensos a desenvolver alguma doença”, afirmou.

A professora do curso de Nutrição Deysianne Chagas explicou que o cotidiano agitado dos alunos, ao lado da pressão que sofrem, influenciam na sua alimentação. “A correria do dia favorece que os estudantes mudem o seu padrão alimentar, consequentemente, gerando riscos à saúde. Existe a troca da ‘comida de verdade’ por um alimento industrializado. O padrão de vida sedentário e as más horas de sono também trazem riscos à saúde”, explanou.

Quando há má alimentação, o estudante acaba por não ter um bom desempenho acadêmico. “Recomenda-se que sejam realizadas, no mínimo, três refeições no dia. Um prato balanceado é composto por carboidratos, leguminosas, vegetais e proteína animal. Nas bebidas, é recomendável que se beba água e suco natural, e evitar os refrigerantes. Preferir os alimentos in natura e dispensar os ultraprocessados”, recomendou a professora.

A ouvinte Beatriz Almeida, formada em Nutrição e pós-graduanda em Nutrição Clínica, acredita que é importante o cuidado pessoal. “Aprendi coisas novas neste seminário, principalmente sobre a mente. Sofremos com o estresse do trabalho, com a pressão de ser bem-sucedido. Precisamos nos abrir, senão ficamos saturados”, declarou.

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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Gizele Monteiro
Última alteração em: 21/11/2018 14:02