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SÃO LUÍS - Entre os dias 22 e 24 de novembro, o Biobanco de Tumores e DNA do Maranhão (BTMA) realizará, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto, o III Simpósio Internacional de HPV e Tumores Relacionados. Sediado no Centro de Convenções da Cidade Universitária, o evento abordará o debate de temas de altíssima relevância para as áreas da saúde e da pesquisa sobre HPV e Bancos de Tumores.

Para falar um pouco mais sobre a atuação do Banco de Tumores e explicar como são coletadas as amostras utilizadas nas pesquisas que serão debatidas no evento, a Assessoria de Comunicação da Universidade conversou com Zulmira da Silva Batista, aluna do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto e que também faz estudos no Banco de Tumores e DNA do Maranhão. Confira abaixo:

Ascom: O que é o Banco de Tumores e como ele funciona?

Zulmira Batista: O Banco de Tumores armazena amostras de tumores retirados em cirurgias, facilitando o desenvolvimento de pesquisas no futuro. Esse processo ocorre por meio da inscrição de um projeto de pesquisa para o comitê interno do biobanco. Com a aprovação desse projeto, o processo de pesquisa pode começar.

Ascom: Quais são os tipos de amostra existentes no Banco?

ZB: Atualmente, armazenamos tumores colorretais e de pênis. Estamos estudando a possibilidade de armazenamento de outros tipos de tumores, mas tudo isso depende da demanda de estoque desses materiais.

Ascom: Como as amostras podem ser doadas ao Banco?

ZB: Com a coleta de amostras em cirurgias nos hospitais de nosso estado, os cirurgiões podem solicitar o armazenamento no Banco de Tumores. Existe um protocolo com um questionário para determinados tipos de doença e um termo de autorização do paciente, para que ele autorize o armazenamento. Após isso, a amostra é congelada e enviada para o Banco.

Ascom: Qual a importância da atuação do Banco de Tumores para saúde maranhense?

ZB: É importante que as pessoas compreendam a enorme magnitude do Banco de Tumores. Se quisermos entender como funcionam certas doenças, comparando resultados de pesquisas locais com dados nacionais, podemos armazenar materiais aqui, contribuindo com a ciência e com a sociedade, viabilizando novas soluções para o tratamento de câncer e vacinas, como o HPV. Podemos descobrir qual o tipo predominante de HPV em nosso estado e melhorar as próximas vacinas, favorecendo a comunidade.

Ascom: Sobre o evento, qual será o principal diferencial da terceira edição do simpósio em relação às anteriores?

ZB: O principal diferencial da abordagem desta edição é voltado para a parte de biologia molecular, com um número maior de pesquisadores estrangeiros presentes no evento, com a maioria vinda de Portugal e dos Estados Unidos. Por meio de palestras, abordaremos o que é o Biobanco e como ele funciona, além da incidência de casos do HPV com pesquisadores do Maranhão e de outros lugares.

Saiba mais

O Banco de Tumores e DNA do Maranhão faz parte da Rede Brasileira de Banco de Tumores, originado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), sendo o primeiro do Nordeste e o quinto do Brasil. Está localizado na Rua Coelho Neto, n° 311, no Centro, próximo ao Hospital Universitário, com dependências e equipamentos de ponta para a operacionalização do Banco e do Laboratório Multiusuário, utilizado pelos docentes e alunos do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto.

O III Simpósio Internacional de HPV e Tumores Relacionados terá a participação de conferencistas nacionais e internacionais especializados sobre a atuação dos biobancos de tumores e pesquisas sobre o HPV. Estarão presentes os professores Rui Miguel, do Insituto FRD Hutchinson para pesquisa sobre o câncer; Paula Alexandra Martins, da Universidade do Porto; e Hugo Sousa, do Instituto Português de Oncologia. Também ocorrerão apresentações de trabalhos sobre tumores, inflamações e tratamento do câncer. Saiba mais sobre o evento aqui.

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Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Rodrigo Bomfim
Última alteração em: 13/11/2018 12:24