UFMA

SÃO LUÍS – O estudante Tiago Ribeiro, do curso de Engenharia Elétrica, está participando do campeonato internacional Red Bull Basement University com o seu projeto de poste de luz solar. O campeonato busca encontrar e ajudar a desenvolver ideias criativas e inovadoras, no campo da tecnologia, que possam contribuir para o bem da sociedade. O projeto aprovado terá 30 dias para ser explorado e executado, contando com o fornecimento de fundos básicos, orientação internacional por especialistas de diferentes áreas, oportunidade de networking e um espaço de trabalho equipado.

Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação da UFMA, Tiago deu mais detalhes sobre a sua iniciativa e a competição.

ASCOM: Fale um pouco mais sobre a sua iniciativa.

Tiago Ribeiro: A iniciativa tem como intuito sanar duas questões bem preocupantes na universidade: consumo de energia e segurança. Hoje, a UFMA gasta absurdamente com energia e, paralelo a isso, ainda há muitos pontos de escuridão no Câmpus. Então como você melhora a iluminação ainda tendo que diminuir o consumo? Daí veio a ideia do poste de energia solar. O poste utiliza uma placa fotovoltaica para gerar a própria energia que consome, diminuindo ou zerando seu gasto. Com relação à segurança, ainda não existe nenhum estudo que comprove que a iluminação interfere diretamente na segurança, mas temos que convir que um espaço bem iluminado pode prevenir ou atenuar a insegurança.

ASCOM: Como surgiu o seu projeto? Ele foi desenvolvido para participar exclusivamente da competição ou é uma ideia que já foi pensada anteriormente por você? Alguém te ajudou?

TR: A ideia surgiu bem antes, desde a criação da empresa júnior do curso. Toda a base da nossa empresa - missão, visão, valores - foi criada a partir da ideia de empreendedorismo social, então sempre procurei iniciativas que buscassem soluções para o problema da energia. Por conta disso, eu descobri uma iniciativa muito boa: a ONG Litro de Luz. Apesar de não se enquadrar como um empreendimento social, foi uma iniciativa que gostei bastante. A ONG tem o intuito de levar luz para comunidades carentes que não possuem condições de iluminação. Tive a ideia de trazer a Litro de Luz para o Maranhão. Porém, por conta da grande carga de afazeres, eu sempre posterguei o início da iniciativa. Mas nesse mês eu decidi iniciar, o que coincidiu com o campeonato da Red Bull, então pensei: “Por que não usar a ideia nesse campeonato para ver como eu poderia desenvolver esse projeto?”. E pelo visto está se saindo bem.

No último dia de inscrição, após ter desenvolvido a ideia e a apresentação, pensei em chamar um amigo do Instituto Federal do Maranhão, João Victor Abas. Conversei sobre o campeonato e ele se interessou. Agora, na fase inicial, ele deu o apoio na divulgação. Na fase final, a gente vai desenvolver toda a estruturação e apresentação do projeto juntos.

ASCOM: Quando você teve a ideia de participar da Red Bull Basement University? Foi iniciativa própria ou indicação?

TR: A ideia foi a partir de uma apresentação do representante da Red Bull Brasil na UFMA, o Pedro Gabriel. Foi feita uma apresentação do campeonato no Centro de Empreendedorismo da UFMA, e logo me interessei.

ASCOM: Como foi o processo de entrada na competição, desde o ato de inscrição até hoje?

TR: O processo de inscrição foi com o preenchimento de informações básicas no site e o envio de um vídeo de até um minuto, onde deveria ser explicado de forma sucinta sobre o projeto e em que área a solução se encaixaria. Sendo pré-aprovado pela equipe da Red Bull, o vídeo do projeto disputou com cerca de outros 120 vídeos, em âmbito nacional. O objetivo era figurar entre os 30 mais votados. Ontem, no dia 25 de outubro, foi finalizada a votação e figurei como o terceiro vídeo mais votado, sendo classificado para a penúltima fase. Agora, estou esperando a decisão de uma banca de jurados da Red Bull, que irão classificar apenas dois vídeos para a grande final.

ASCOM: Como essa ideia pode ser colocada em prática aqui no Câmpus?

TR: De todas as formas! A competição tem o intuito justamente de tirar os projetos do campo de ideação para a execução, com soluções tecnológicas baseadas em “do it yourself”, ou, em tradução literal, “faça você mesmo”. Caso seja campeão, será dado um suporte completo, com espaço, ferramentas, mentorias, para que em trinta dias seja criado um protótipo e apresentado na disputa mundial, em Berlim. Ganhando a competição internacional, o projeto vai ser financiado para aplicação no Câmpus do Bacanga.

ASCOM: Você fez um levantamento de dados, como quantidade e custo de energia?

TR: Não. Todo esse levantamento e embasamento será feito justamente nos trinta dias de prototipagem, para servir de argumentação na disputa final.

ASCOM: Agora, como realização pessoal, o que você sente ao ver um projeto seu “sob os holofotes”?

TR: Me sinto feliz, realizado, empolgado, com toda certeza, mas todos esses sentimentos estão atrelados à execução do projeto. Desde que comecei no diretório acadêmico, na empresa júnior do curso, o meu intuito sempre foi o de ver uma ação ou um projeto virando uma melhoria real para a minha universidade. Então, no final, o que eu busco mesmo é a realização do poste de luz no Câmpus Dom Delgado.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Fotos: Arquivo Pessoal
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Rodrigo Bomfim e Gizele Monteiro
Última alteração em: 29/10/2018 14:47