UFMA

SÃO LUÍS – Ocorreu na noite dessa terça-feira, 24, a abertura do I Congresso de Pesquisadores (as) Negros (as) do Nordeste, COPENOR. Com o tema “Presença negra no Nordeste para além dos tambores: saberes culturais e produção de conhecimento”, o evento reúne pesquisadores de vários estados da região.

O coordenador do evento, Carlos Benedito, contou que o objetivo é pôr em contato pesquisadores que se dediquem às questões étnico-raciais. “Aqui temos pesquisadores da Bahia, Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Ceará. Nosso objetivo é promover essa troca e dar visibilidade a esses pesquisadores que têm pouco espaço no âmbito nacional”, declarou.

A programação de abertura teve como destaque a conferência “Presença negra no Nordeste e construção do conhecimento para além dos tambores”, da professora Maria de Lourdes Siqueira, antropóloga da Universidade Federal da Bahia, UFBA, e diretora do bloco afro-baiano Ilê Ayiê.

Maria de Lourdes Siqueira propôs uma articulação entre inteligência e cultura negra, tradições africanas, tradições afro-brasileiras. “As organizações da resistência negra, como os terreiros, as irmandades, os blocos, os afoxés, os maracatus, são centros de construção do conhecimento. Os agentes sociais da resistência são intelectuais, uma vez que instruem pessoas e articulam coletividades na busca de caminhos por um mundo melhor”, frisou.

Para Carolina Maria, graduanda de Serviço Social da universidade, o evento é enriquecedor e cumpre o que propõe. “O congresso articula a comunidade negra neste processo de resistência, no qual nos inserimos até hoje. Uma das coisas que me motivou foi estar aqui e emergir nessas discussões que se alinham à minha linha de pesquisa”, explicou.

O encerramento do primeiro dia de programação ficou por conta da banda Akomabu, que pertence ao Centro de Cultura Negra do Maranhão e tem como missão mesclar diversão e a consciência política do povo do Movimento Negro Nacional.

O I Congresso de Pesquisadores (as) Negros (as) do Nordeste, Copenor, é uma realização da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com apoio do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Suas atividades seguem até o dia 27 de outubro. Confira a programação.

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Produção: Rosana de Oliveira
Revisão: Jáder Cavalcante e Débora Santos

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Suellen Sullivan
Última alteração em: 26/10/2017 19:34