UFMA

A Universidade Federal do Maranhão, através do Grupo de Estudos Rurais e Urbanos (GERUR) do Departamento de Sociologia e Antropologia, com o apoio do Centro Acadêmico, do PET de Ciências Sociais e do Diretório Central dos Estudantes, promovem no próximo dia 25 a sessão de estudos “Revisando Mitos: a política de cotas e ação afirmativa no quadro das relações raciais no Brasil”.

As cotas são iniciativas implementadas por instituições de ensino com o objetivo de facilitar o acesso de negros, pardos e segmentos menos favorecidos da sociedade ao sistema de ensino superior e ao mercado de trabalho através da reserva de um percentual de vagas nas universidades e instituições públicas para a admissão deste segmento.

Já as ações afirmativas, de caráter público ou não, são voltadas para oferecer a negros, pardos e excluídos da sociedade acesso ao ensino de nível superior e ao mercado de trabalho.

O objetivo do evento é promover uma discussão sobre a instituição de cotas para negros nas Universidades com o propósito de apontar alternativas para democratizar o acesso às instituições de ensino superior assim como ao mercado de trabalho. A sessão de estudos acontece no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual, na rua da Estrela, na Praia Grande, a partir das 17 horas. A entrada é gratuita e o evento é aberto ao público em geral.

De acordo com o pesquisador Benedito Souza, integrante do GERUR, o evento é importante para iniciar as discussões sobre as cotas na realidade local. “Várias Universidades já reservam as vagas como a UNB, UFRJ, mas aqui no Estado não há uma discussão sobre o assunto, por isso nós queremos que pesquisadores, professores e estudantes de cursinhos, escolas públicas, universidades e entidades que trabalham com o tema participem do evento”, disse.

O Grupo de Estudos Rurais e Urbanos dos Departamentos de Sociologia e Antropologia foi instituído em 1992 e promove sessões de estudos mensais abordando temas relacionados a questões étnicas e raciais envolvendo professores e estudantes dos dois cursos e de outras áreas como História, Comunicação e Geografia. “Os temas abordados não são apenas relacionados à Sociologia e a Antropologia, mas são interdisciplinares e por isso temos representantes de várias áreas que se interessam pelos temas”, afirmou Benedito Souza.