UFMA

Depois do sucesso do Maranhão Roots Reggae Festival, a massa regueira maranhense direciona seus olhares para o primeiro e maior festival competitivo de reggae do Brasil. É o 6º Festival Universitário de Reggae (UNIREGGAE), que vai acontecer nos dias 05 e 06 de setembro, em São Luís (MA). Quinze músicas vão disputar a competição. O Unireggae é uma promoção do Departamento de Assuntos Culturais/PREXAE da UFMA.

A comissão julgadora dos trabalhos foi formada pelo estudante do Curso de Publicidade e Propaganda do Uniceuma, Celso Brandão; o jornalista Willian Moraes Correa; o músico Fábio Araújo, da Banda Filhos de Jah, o cantor e compositor maranhense Guilherme Júnior e pelo músico José Henrique Pinheiro, o popular Escrete. “Dentre as 40 músicas inscritas, somente 15 foram selecionadas”, lembra Euclides Moreira Neto.

Coordenando o Festival há seis anos, ao lado do cantor Celso Brandão, Euclides lembra que “o Unireggae é o único evento competitivo que o Brasil possui nesta categoria de reggae universitário. Por isso, estamos tendo participantes de todo o Brasil. Neste ano, temos ainda um sonho, que é lançar um CD com as 15 músicas finalistas do Festival, se conseguirmos patrocínio, mas até o momento este sonho é sonho”.

As 15 músicas selecionadas, em ordem alfabética, são: “A Cor da Pele”, de Chico Nô – “Não Vou Chorar”, de Davi Faray – “Luz”, de Emanuel de Jesus e Zezinho Casanova – “Lembranças do Ar”, de Jailson Pereira e Vicente Melo – “Nudez”, de José Jorge Alves de oliveira (J.Jotha) – “Sobre Nossas Cabeças”, de Nivandro Costa Vale – “Sideral”, de Paulinho Dimaré e Paulo Bertholdo – “Kaia com Jah”, de Pitte de Alcântara (Antonio Raimundo Lemos Pereira) – “Mamucá”, de Ronald Queiroz. E mais: “Pimenta Malagueta”, de Rubem Mukama – “De Tanto Errar, Acertou”, de Serginho Barretto – “Rastaman Filosofia”, de Tadeu de Obatalá – “Mundo Sem Futuro”, de Valdnei Ribeiro – “Descendo a Ladeira”, de Walbert Guimarães e Aderlan Serra e “Nega Bindô”, de Zé Lopes. O Unireggae também resgata a história dos clubes de reggae e points responsáveis pela trajetória de sucesso do ritmo no Maranhão.

HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA

Clubes de reggae que fizeram a história da Jamaica Brasileira e escreveram uma história de resistência, liberdade e união da cultura maranhense com a música caribenha. Clubes como Pop Som 1, na Jordoa, Toque de Amor, na Ponta d’Areia, Sonzão do Carne Sêca, Coqueiro Bar, na Ponta d’Areia, Espaço Aberto, no São Francisco. Girafão, no João Paulo e mais: Clube Nova Geração, Cooperativa do Reggae (Praia Grande), Natty Ritmos (João Paulo), Espaço Reggae, URBV, Toca da Praia, Clubão da Ladeira, Coqueiro Verde, Escadaria do Reggae, Simplesmente Maria, no Coroadinho, Jamaica Brasileira, na Forquilha. “São Luís, aqui é Jamaica. Capital Brasileira do Reggae”. E o Festival Unireggae da UFMA também se orgulha de fazer parte da história.

O projeto do 6º UNIREGGAE, apesar de estar aprovado a captar recursos via Lei 8.313/91 (Lei Rouanet de Incentivo a Cultura), do Ministério da Cultura, o que faculta aos patrocinadores a dedução de 100% do valor incentivado junto ao Imposto devido ao Fisco, ainda não conta com nenhum investidor para se beneficiar dessa Lei. Por isso a UFMA ainda encontra grandes dificuldades para viabilizar o evento, principalmente, premiação, confecção de troféus, impressos, pagamento da Banda base, além da contratação de som, palco e luz, etc.