UFMA

Ao fazer o balanço do primeiro dia de greve, os representantes da Associação dos Professores da Universidade Federal do Maranhão - APRUMA, através do Comando de Greve, consideram o resultado muito bom. A paralisação, de acordo com a primeira avaliação, envolveu todos os Centros Universitários da Instituição, numa proporção de 60 a 65% do total de docentes. No momento, todos reconhecem que esta é uma resposta positiva da categoria diante da proposta nacional, deflagrada em todo país a partir da última terça-feira, 08

Na opinião da professora Josilda Silva Dias, o momento é de muita preocupação e exige uma postura enérgica por parte dos servidores contra a Reforma da Previdência. “Será uma coisa estrondosa o desvio de recursos públicos para o setor privado. Só no primeiro ano, a persistir as regras da proposta como está, serão mais de 50 bilhões de dólares que migrarão da sociedade produtiva para irrigar ainda mais os gestores do capital especulativo”, denuncia a professora da UFMA.

Além de bater de frente contra a Reforma da Previdência, mais especificadamente a PEC 40/2003, os servidores federais estão preocupados também com a qualidade do ensino e com o fortalecimento das instituições públicas. O professor Ramom Zapata avalia que o país vive uma série crise educacional e culpa os últimos Governos pela situação. “Enquanto no México o número de vagas do ensino superior oferecido pelo setor privado não pode exceder a 50%, no Brasil já atingimos a marca recorde de 72%. Em nenhum lugar do mundo, nem mesmo na Meca do capitalismo é assim”.

A APRUMA distribuiu hoje uma nota em que "conclama docentes, estudantes e técnicos-administrativos a reforçarem a luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores". A nota diz ainda que "é necessário derrotarmos a Reforma da Previdência contida na PEC 40/2003 e impedir a pretensão do capital de fazer dos direitos, duramente conquistados em anos de lutas, fonte de lucros do capital especulativo".

O comando de greve está convocando para uma nova assembléia, amanhã, 10, às 16, no auditório Ribamar Carvalho, na área de vivência do Campus.

Técnicos - Enquanto os professores dão partida ao movimento de paralisação nacional, os técnicos administrativos, ainda sonhando com a promessa de um plano de saúde que nunca veio, apesar da promessa ter sido responsável pelo fim da última greve da categoria, decidiram, ontem, em assembléia, por uma paralisação de 72 horas com mobilização diária na UFMA. Amanhã, 10, está marcada uma nova assembléia, às 10h, no CCET para definir os rumos do movimento.