UFMA

Foi aberta na última terça-feira(1º/7), no Convento das Mercês, a VIII Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste (ABANNE). Segundo a organização, o evento deste ano é o maior realizado até hoje, com a presença estimada de 700 pessoas, entre pesquisadores, estudantes e profissionais. A forte chuva que caiu no início da noite atrasou a abertura da solenidade, marcada para às 19h, mas não ofuscou o brilho do evento, que esteve bastante movimentado com o lançamento de diversas publicações na área de antropologia e as apresentações do Grupo Abanjá e do Boi da Fé em Deus.

Em sua fala na abertura, o presidente da Associação Brasileira de Antropólogos (ABA), Gustavo Lins Ribeiro, ressaltou o crescimento da Antropologia no Brasil. “Conversei há poucos dias com um amigo na Inglaterra e ele me disse que o encontro nacional de antropólogos de lá tinha a previsão de reunir 200 antropólogos. Aqui temos quase oitocentas pessoas, o que é um ótimo sinal”, considera Gustavo.

A professora do Departamento de Antropologia e Sociologia da UFMA, Maristela Andrade, coordenadora do encontro, acredita que a grande participação serve de afirmação regional para a área, mas lamenta a falta de infra-estrutura para um público dessa dimensão. “Essa demanda indica que estamos formando recursos humanos locais e que a antropologia está se reforçando nesta região. Apesar de não termos uma estrutura adequada para um evento deste porte, estamos conseguindo superar este problema com a receptividade e a nossa equipe de monitores, que é muito boa”, destacou a professora.

Após a mesa de abertura, o vice-presidente da Associação Brasileira de Antropólogos (ABA), Antonio Carlos de Sousa Lima, proferiu a conferência “Antropologia e políticas públicas: faces de um enfrentamento”.

A estudante Leandra Lima, do 3º período de Ciências Sociais, integrante da organização do evento, enfatiza a experiência acadêmica em que se constitui o encontro. “Minhas expectativas estão sendo correspondidas e estamos acumulando bastante experiência com o envolvimento na organização do evento”, opinou a estudante.

Para Amanda Santos, estudante do 9º período de Ciências Sociais, o evento está com uma grande participação em quantidade e qualidade. “Essa reunião é uma boa oportunidade para discutirmos questões atuais e questões muito pertinentes para o Maranhão e para o Nordeste, como as questões étnicas, de minorias sexuais, do campesinato, da religião afro-brasileira. Num encontro como esse podemos discutir estas questões com maior amplitude, com profissionais de qualidade e estudantes interessados em se atualizar”, explicou Amanda.

O encontro, que será encerrado nesta sexta-feira (4/7), ocorre no Campus do Bacanga e é composto por mesas redondas, conferências, grupos de trabalho, mini-cursos, mostra de vídeos, oficina e lançamentos de livros, além das reuniões de trabalho da ABA. Hoje, 03, acontece no Auditório Central, às 18h, a segunda conferência, que tem como tema "A antropologia e a lingüística nos estudos afro-brasileiros", com Yêda Pessoa de Castro, da UFBA.

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