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UFMA lança marca de cosméticos à base de acerola

Publicado em: 26/06/2003

Gilvanda Nunes e Roberval Lima orgulhosos com o resultado das pesquisas
Por Junior Vieira, da ASCOM

Depois de dois anos de pesquisas e trabalhos, foi lançada ontem, 25, a marca Gaia, de cosméticos à base de extrato de acerola, pesquisados e produzidos pelo Departamento de Tecnologia Química da Universidade Federal do Maranhão. Os produtos são frutos do projeto “Desenvolvimento de produtos cosméticos e artigos de toucador a partir de extratos de acerola”, financiados pelo Banco do Nordeste. Os trabalhos foram coordenados pela professora doutora Gilvanda Nunes e contaram com a participação de estudantes do curso de Química Industrial.

A acerola é uma fruta típica da região nordeste. Além disso, possui um alto teor de vitamina C e anti-oxidantes. Essas propriedades despertaram a atenção da professora Gilvanda Nunes, que decidiu desenvolver o projeto utilizando o extrato da fruta na produção de cosméticos.

São 22 produtos, sendo quatro tipos de shampoos, quatro de condicionadores, três sabonetes em barra, dois sabonetes líquidos, dois cremes clareadores, uma loção clareadora, uma loção nutritiva para o corpo e uma para o rosto, além de dois tipos de protetor solar e cremes hidratantes e nutritivos para o rosto. “As propriedades da fruta, um poderoso anti-oxidante, permitem o desenvolvimento de produtos que combatem os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento da pele e dos cabelos. Daí a possibilidade de criação dos cosméticos”, revela Gilvanda Nunes.

Para que seja utilizada, a acerola precisa antes ser transformada em extrato. O fruto é misturado a uma solução contendo álcool e água. Este composto é, então, submetido a análises antes de ser usada na fabricação dos cosméticos. Um dos testes consiste em estudar os efeitos da luz sobre a vitamina C. O objetivo é verificar a ação da luz sobre os compostos do produto, como a hidroquinona e o ácido retinóico, presentes nos clareadores, além de avaliar o comportamento destas substâncias em contato com a vitamina C. “Existe um aditivo que desenvolvemos para manter quase intactos os princípios da vitamina C em presença do ácido retinóico e da hidroquinona”, esclarece a professora. São feitas, ainda, análises a cada semana, para testar a vida útil do produto.

Além disso, todos os produtos passam por testes dermatológicos e microbiológicos, este último para detectar possíveis contaminações processadas durante a manipulação dos cosméticos. Essa etapa é realizada na Universidade Estadual Paulista (UNESP), parceira no projeto. “Nós tomamos todos os cuidados exigidos, como o uso de luvas, máscaras e touca, além de o espaço destinado à produção atender às exigências necessárias, mas, ainda assim, os testes são necessários”, enfatiza a professora.

Como os cosméticos passaram por critérios rigorosos de avaliação, não foram liberados para o uso todos de uma só vez. Um tipo de shampoo e de condicionador e os sabonetes foram os primeiros a serem autorizados para o consumo. Os últimos testes revelaram que os cremes clareadores, os sabonetes líquidos e os hidratantes também não oferecem riscos e poderiam ser utilizados. “Agora vamos entrar com o processo de patenteamento, que deve demorar mais ou menos um ano. Depois disso, temos a pretensão de montar uma empresa para produção em escala maior que permita a venda dos produtos”, revela Gilvanda Nunes. A patente será solicitada no próximo mês.

Os cosméticos possuem variações que dependem do tipo de substância misturada ao extrato de acerola. “Há um tipo de sabonete em barra com base babaçu. Além dele, desenvolvemos também um com base de glicerina e outro com óxido de titânio, que dá uma cor leitosa ao produto”, explica o estudante de Química Industrial Roberval Lima, participante do projeto desde o início.

O lançamento da marca Gaia foi feito durante o VII Encontro de Química do Maranhão, que está acontecendo na UFMA até sexta-feira, 27. Depois, os produtos devem ser expostos no Sebrae.

As pesquisas são financiadas pelo Banco do Nordeste, através do Fundeci (Fundação de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Além do financiamento, as pesquisas contaram com o apoio da Alquimia, onde foi feita a manipulação de alguns produtos. “O professor Felipe Sá Neto nos orientou na preparação da base do creme utilizado na produção dos cosméticos. Também foi com ele que obtivemos empréstimos de aditivos e conservantes, quando os produtos, que comprávamos em São Paulo, demoravam a chegar”, finaliza Gilvanda Nunes.

Fazem parte do projeto os professores Wagner Vilegas e Dulce Siqueira (Unesp), Felipe Sá Neto (Departamento de Farmácia) e Victor Muchereck (Departamento de Tecnologia Química), além de alunos bolsistas.
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