UFMA

Mais uma vez o conhecimento popular ganha fundamentação científica. Desta vez, trata-se da constatação da eficácia da espécie Scopharia dulcis L., mais conhecida como “vassourinha”, em tratamento de enfermidades gastrintestinais.

A pesquisa iniciou-se com a observação dos resultados da aplicação do extrato extraído da planta em ratos da espécie Rattus norvegicus, que continham úlceras na parede estomacal por intervenção humana. Os animais estudados apresentavam suco gástrico com pH abaixo do ideal, o que diminuía a produção de muco (substância viscosa de proteção aos tecidos do corpo humano) pelas células da parede do estômago. Desta forma, a alta acidez do suco gástrico provocava a abertura de pequenos orifícios, ou a úlcera.

A coordenadora da pesquisa, professora Sônia Maria Farias Freire, conta que após o período de observação pôde ser verificado o efeito positivo no tratamento de tal doença. “As úlceras gástricas induzidas por etanol, por antiinflamatórios e por stress (úlcera nervosa) tiveram redução de seus efeitos com a ingestão do extrato aquoso (chá) da vassourinha e, quanto mais concentrada era a dose, mais vertiginoso era o resultado”, explica. Os dados obtidos comprovam a tese: o índice ulcerogênico em animais tratados diminuiu em 70,9% em relação aos animais que não receberam tratamento.

Ainda de acordo com Sônia Maria, o grupo de estudos acerca dos benefícios da “vassourinha” é formado por quatro professores e três graduandos. A planta pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil e é facilmente manuseada para fins fitoterápicos caseiros.

Revisão de Texto: Carol Veloso
Edição Geral: Giselle Marques