UFMA

Nunca no Brasil o computador esteve tão acessível à população. Só em 2007, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), foram 10 milhões de unidades comercializadas – índice 21,4% maior que em 2006. No entanto, o que mais chama a atenção é um dado sobre os notebooks (computadores portáteis), cujas vendas aumentaram 183% no ano passado.

Foram quase dois milhões de laptops adquiridos em todo o país. De acordo com o diretor do Núcleo de Tecnologia da Informação da UFMA, Nélio Alves Guilhon, a preferência por esse equipamento é motivada pela mobilidade. “A pessoa pode levá-lo para qualquer local e trabalhar como a mesma qualidade do computador convencional”, explicou.

Para ele, a tendência é que os microprocessadores se popularizem ainda mais, permitindo acelerar o processo de inclusão digital. “As máquinas começaram a entrar nos lares brasileiros na década de 1990. Hoje, se compra mais micros que televisões”, constatou. No ano passado, foram comercializados 9,5 milhões de aparelhos de tv, contra 10 milhões de desktops, segundo números da Abinee.

O professor Nélio Guilhon também acredita que os incentivos fiscais dados pelo governo federal permitiram o barateamento dos equipamentos e sua conseqüente massificação.

Tomando como base uma pesquisa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é possível perceber que a queda nos preços foi de 23,45%, graças à Lei do Bem (isenção de PIS e Cofins para computadores pessoais de até 4 mil reais).

Para 2008, a previsão do mercado é que haja um crescimento de 17% nas vendas de PCs. Os notebooks devem responder por cerca de 33% desse total.