UFMA

Em duas semanas, a miniusina de produção de biodiesel estará pronta. Os equipamentos que faltavam para dar início ao processo de produção chegaram esta semana e estão sendo montados no laboratório de biocombustível. A inauguração está prevista para o início do ano que vem.

A UFMA firmou uma parceria com duas empresas de produção e comercialização de biodiesel, a Sigma Tecnologias e Engenharia e a Bioenergy Indústria de Combustíveis Renováveis. Pelo acordo, a UFMA formará recursos humanos e fará treinamento de pessoal, fazendo das empresas campos de estágio e trainee. Desenvolverá ainda pesquisas que visem otimizar o processo industrial e semi-industrial de produção.

A caldeira que gera vapor para a planta de biodiesel, a partir de cascas de babaçu e madeira, já foi instalada e os reatores, postos no laboratório. A capacidade de produção diária do laboratório é de 2.000 litros por dia, em expedientes de oito horas. Além do biodiesel, que será aplicado em frotas da Universidade e do governo do estado – tratores e pickups serão abastecidos -, o laboratório permitirá a obtenção de glicerina e o álcool utilizado na reação poderá ser quase totalmente reutilizado.

A primeira matéria-prima a ser testada será o óleo de frituras, por seu caráter de reaproveitamento. O uso do babaçu, por exemplo, possui restrições. De acordo com o professor Henrique Cárdias, coordenador do Laboratório de produção de Biodiesel, o problema não é de ordem técnica. “Poderíamos usar melhor o babaçu, mas a dificuldade de obtê-lo, devido à escassez da coleta pela falta de permissão dos grandes proprietários de terras impede isso. Não se preserva mais os babaçuais”, reclama o professor, do Departamento de Tecnologia Química.

A longo prazo, o núcleo pretende buscar patrocínio para a compra de um gerador, que permitiria a auto-sustentação. “A idéia é que ser auto-suficiente energeticamente. A gente pode instalar um gerador aqui e usar o próprio biodiesel para movê-lo. É uma boa possiilidade”, disse o professor Henrique Cárdias