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“Qualquer que seja o índice, o Maranhão está sempre na pior de todas as posições”. Com esta afirmativa, baseado em números oficiais divulgados pelo IBGE, o professor Benjamin Alvino de Mesquita abriu a palestra “A Dinâmica de Acumulação da Economia do Maranhão: Entraves a Superar e Estratégia a Adotar. Por onde começar?”.

A palestra faz parte da programação da 1ª Semana Acadêmica do Curso de Administração, coordenada pela professora Maria Raimunda Marques Mendes. Os números mostrados pelo palestrante não são nada animadores. O Maranhão tem o menor índice de IDRH, renda per capta, escolaridade e de crescimento. Mesmo quando se trata do Nordeste, o estado não alavanca. “Nos últimos dez anos, o Maranhão cresceu 4,2%, contra 4,7 da Bahia e 4,8 do Piauí”, afirma Benjamin Alvino.

Para o palestrante, o quadro nada animador tem uma explicação. “Falta investimento público e as diversas tentativas de transferir essa missão ao setor privado nunca deu certo”, citando como exemplo os casos do pró-álcool – na década passada – e, mais recentemente, o biodiesel.

Ele lembra que o Maranhão nunca é valorizado quando se trata da liberação de recursos públicos. No caso do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – o estado teve aprovador pouco menos de 200 milhões de reais. Como comparativo, estados vizinhos como Ceará e Pernambuco estão muito acima desse patamar. O primeiro vai receber dois bilhões de reais, enquanto o segundo, terá para investir em saúde, educação e política social a quantia de 20 bilhões de reais.

Na análise fria dos números, o professor Benjamin reconhece: “houve sim um crescimento do PIB maranhense, mas longe de ser o ideal. A taxa de 4,2 a.a é a menor do país e a menor do Nordeste”, concluiu.