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Estudo feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que 70% dos formados licenciados no país não trabalham como professores. Excetuando-se as áreas de Física e Química, o número de licenciados ultrapassa a demanda para dar aulas nos ensinos fundamental e médio.

Em julho, o Conselho Nacional de Educação (CNE) anunciou que o déficit é de 246 mil profissionais. Essa subvalorização do professor seria decorrente da expansão de estudantes nas escolas públicas. Agora, o MEC, que apontou incorreções no estudo do CNE, quantificou a carência em 725.991 docentes, contra 1,4 milhão em exercício. "Não faltam professores e sim faltam professores licenciados para as áreas específicas”, avaliou o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais do MEC(Inep), Dilvo Ristoff.

Este estudo recente indica que profissionais de outras áreas ou mesmo professores de disciplinas diferentes estão suprindo a carência ministrando disciplinas que são estranhas à sua formação. Em Física e Química, há cerca de 60 mil profissionais trabalhando em cada uma das áreas, sendo que apenas 12% deles são licenciados.